… eis o negócio, como li uma vez em cerrada tradução brasileira.
O drama Shakespeariano é de trazer por casa, mas é atual. Ser ou não ser… candidato – obviamente! Ou as desventuras trapalhonas da candidatura pela Terceira dum partido referencial como é o PSD. Não me vou alongar acerca da questão jurídica, que será resolvida em sede própria, e espero que prevaleça o princípio democrático da liberdade de candidatura, e a ventura do meu Partido ter um adversário fofinho…
A questão é de política rasa. Desde logo, não se vislumbra réstea de lógica nem de prudência num ruído politicamente suicida: o candidato Ventura vai debater, neste ínterim, a ilha, ou o facto, por ele criado, de ser uma incerteza? Vai ao debate sobre o círculo da Terceira? Vai-nos brindar com a putativa contaminação do Pico Careca, ou vai tentar auto-justificar-se no labirinto do cabeludo problema que é a sua própria candidatura?...
Mas é claro que qualquer terceirense está careca de saber que a sua candidatura, perlo timing, pelas circunstâncias e, sobretudo, pelas declarações do próprio, está, desde a fonte, perigosamente contaminada. Pois se não é inédito um candidato ocupar um cargo público, ao candidatar-se, tem de justificar, sobretudo se for cabeça de cartaz. Talvez com uma opção pelo Parlamento Açoriano, numa aposta firme num hipotético novo ciclo do seu partido (dou o argumentário de graça…). Ao invés, vir dizer que o lugar não é para assumir, num objetivo e retroativo apoucamento do Parlamento a que já pertenceu, e que, como «star» de Lisboa, só está disponível para a miragem dum muito hipotético governo do seu Partido…. É de gritos. Mesmo não falando no aperto ao seu líder, a que a realidade certamente dispensará a feitura de um Governo já condicionado e com o seu chefe a cumprir recados!
Os Terceirenses ficam assim com a escolha facilitada, e apostarão na certeza, na consistência e na credibilidade!