Opinião

Uma maioria absoluta do PS…! E por que não?

Anda toda a oposição apostada em retirar a maioria ao PS na ALR, como se a vida dos açorianos não valesse mais do que esta “cisma” de quem não tem ideias e projetos para o futuro dos Açores.
Numa altura em que precisamos de um governo estável e credível para gerir o processo pandémico em curso, que pressiona o sistema de saúde, incerta a retoma económica e traz natural apreensão aos cidadãos sobre o dia de amanhã, na campanha eleitoral em curso, fazem-se apelos, lançam-se previsões ou traçam-se cenários sobre a formação de governos de “geringonças” ou de “sacos de gatos”, como se a vida das pessoas não estivesse para além da espuma dos dias!
Quando o Presidente da República apela à previsibilidade de acordos para a aprovação dos documentos essenciais à governação do país, de modo a evitarem-se delongas que prejudiquem o funcionamento das instituições, a economia e a credibilidade externa, o Primeiro-ministro mergulha em “cabos de tormentas” para negociar birras de partidos e deputados para aprovar o plano e orçamento para 2021, por cá, os grandes e pequenos partidos da oposição ganharam a obsessão política de que o melhor é o PS não ter uma maioria absoluta, tudo numa vã esperança de que um governo de “retalhos” pode ser melhor do que um de peça inteira. Tamanho equívoco!
Os tempos que se avizinham na nossa Região não podem ser de derivas, roletas, cautelas ou raspadinhas da sorte, mas de segurança, estabilidade e confiança. Não são tempos do “logo se vê”, mas do ver antes para se agir depois.
Quando se completam sete meses dos impactes da pandemia entre nós, que deram oportunidade a Vasco Cordeiro para se mostrar um líder humilde, mas determinado, enfrentando com arrojo e coragem as dificuldades colocadas, preservando os açorianos a maiores sacrifícios e defendendo a nossa Autonomia, ao contrário, fomos assistindo ao dirigente do maior partido da oposição a exercitar uma ou outra redundância verbal sobre questões menores, enquanto de permeio virava as costas aos seus pares municipais pendurados no estendal do endividamento herdado ou nas desajeitadas alienações empresariais que promoveu na Câmara de Ponta Delgada. O atual elenco municipal geme todos os dias com o legado deixado!
O que está em jogo nestas eleições regionais é muito sério, nomeadamente para aqueles que por uma razão ou outra encontram-se nesta altura mais desprotegidos ou manifestam maiores preocupações. Pensamos que estes, tal como a grande maioria dos açorianos o que querem mesmo é chegar à noite do dia 25, conhecer os resultados do escrutínio e adormecer confiantes que no dia seguinte terão um governo que, com a seriedade habitual e equipas renovadas, continuará a enfrentar o que sobrevier dos tempos difíceis que vivemos.
Até lá, não nos venham com cenários eleitorais ou princípios pessoais e políticos de ser-se a favor ou contra as maiorias absolutas, como se estas em democracia não resultassem apenas e só da vontade popular.
Domingo, o futuro está nas suas…nas nossas mãos, por mim, entendo que votando em Vaso Cordeiro, votamos nos Açores!