I
Finalmente! Nunca um ano novo foi tão desejado como este que começa agora. O virar do ano veio acompanhado da chegada da tão desejada vacina. Pelo mundo (quase) todo já se iniciou o processo de vacinação. Não é, para já, o fim da pandemia. Nem, ainda, o regresso à normalidade da vida em sociedade que conhecíamos até ao início de março de 2020. Os próximos tempos serão ainda complexos. A vacina não chegará a todos rapidamente, nem a todo o lado com a celeridade pretendida pela população. E, muito menos, simultaneamente. Exigem-se, pois, doses grandes de paciência, serenidade, bom senso e muito respeito. Individual e coletivo. É preciso continuar a cumprir regras. É preciso não facilitar. É preciso ver a vacina como uma luz ao fundo do túnel e não como um radioso dia de sol. Segundo os especialistas, os verdadeiros experts e não os que opinam de cátedra sobre tudo, lá para o fim do verão poderemos ter atingido a tão desejada imunidade de grupo. Assim se espera. A bem da nossa saúde, do corpo e da mente, da liberdade, da economia e, em síntese, da recuperação do mundo que conhecíamos pré pandemia. Assim sendo, deixo aqui votos de um ano de 2021 repleto de concretizações pessoais e profissionais, com muita saúde, paz e amor para todos.
II
No ano que ainda agora começou teremos dois atos eleitorais. O primeiro – as eleições presidenciais – realizam-se já daqui a três semanas. No dia 24 de janeiro será reeleito, não temos quaisquer dúvidas disso, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. O PS, infelizmente, optou pela falta de comparência. O argumento de que se trata de uma eleição pessoal e não partidária não colhe. Tal como colhe muito mal a decisão de “dar liberdade de voto” quando se tem uma destacada e reputada militante como candidata presidencial. Espero, sinceramente, que a candidata e camarada Ana Gomes consiga alcançar folgadamente a segunda posição. Uns meses mais tarde, em setembro ou outubro, teremos eleições autárquicas. Atenta a proximidade entre eleitos e eleitores, essas são sempre as eleições mais concorridas. Ainda que não seja muito correto fazerem-se extrapolações, a verdade é que as autárquicas têm sempre leituras nacionais e regionais. O resultado eleitoral no Porto, Braga, Coimbra, Lisboa ou Ponta Delgada não fica, habitualmente, confinado às respetivas áreas geográficas. E assim será novamente. Teremos, lá e cá, as diferentes “geringonças” a serem julgadas. Em Ponta Delgada já existem movimentações e muitos nomes a serem lançados para verificação de aceitação. Curiosamente, todos os nomes que se ouvem por aí orbitam na área do poder. Ao Partido Socialista, afastado do poder na maior cidade Açoriana desde 1993, cabe uma missão difícil. Mas não impossível. O argumento do tempo, da necessidade da “alternância”, e da não colocação dos “ovos todos no mesmo cesto”, está agora do lado do PS. Urge, pois, definir ou legitimar uma liderança, uma equipa e um projeto político para colocar Ponta Delgada no lugar que merece. Temos, pois, um ano político interessante. Por isso, votos de um bom ano político, com saudações democráticas para todos.