Este é, grosso modo, o número necessário para atacar a proliferação galopante do vírus em Rabo de Peixe. Circunstâncias excecionais exigem soluções excecionais. Avançar com a vacinação em massa não é beneficiar Rabo de Peixe. É proteger aquela vila e também a ilha. Nada fazer não é solução. É tempo de estratégia e de ação. Não de andar a navegar à vista e de encolher os ombros. Todos os dias, os números revelam a dimensão do problema e aumenta o risco de nada se fazer. E todos os dias se opta por apontar o dedo a quem contrai a doença, como se todos fossem prevaricadores, esquecendo-se que isso não resolve absolutamente coisa alguma numa vila que está farta de ser tratada com um misto de desdém e generalizações injustas. Não é tempo de procurar culpados enquanto o problema se agrava e se alastra. Não é tempo para lógicas estafadas de dividir para reinar. Não é tempo de querer tratar de forma igual o que é manifestamente diferente. Dez mil vacinas! Até quando se vai deixar o problema correr à solta só porque se tem receio de soluções impopulares?