Portugal continua a desconfinar, depois do segundo confinamento, imposto no princípio de 2021.
A progressão nas fases desse desconfinamento tem sido possível, ao nível do retomar de alguma normalidade, da atividade económica, da descontração social e até da saúde mental dos portugueses. É evidente que essa progressiva abertura, a que o período quase-estival também convida, é inexoravelmente causadora de algum crescimento do número de infetados e do índice de transmissibilidade.
Daí que o PR tenha sugerido outros critérios de controle/diagnóstico da situação, para além do famoso "quadrado". A verdade é que se, ao nível do diagnóstico epidemiológico, o "quadrado" continua a fazer sentido, ele reflete cada vez menos a verdadeira situação ao nível da saúde pública, que, a respeito do binómio letalidade e internamentos, melhorou extraordinariamente. Daí a adoção, a nível nacional, de critérios mais alargados para as regiões de menor densidade populacional.
No concernente aos Açores, o aumento da distribuição de vacinas corresponde à sua maior disponibilização nacional e também tem permitido o incremento da vacinação. Aliás, o critério de afetação do número de vacinas às regiões autónomas tem-se mantido. Resta agora a efetiva capacidade de inocular as respetivas doses. Notícia recente deu conta de que as autoridades regionais solicitaram apoio à "task force" nacional nessa tarefa, e que vão contar com ele.
Assim sendo, é justo reconhecer, e porque as tais sacas da América com vacinas nunca chegaram, que o Governo da República tem cumprido, nesta matéria, a componente que lhe cabe de solidariedade nacional, e que a mesma não é dispensável, apesar de vários responsáveis regionais pelo controle da pandemia, da vacinação e da sua logística...