Para lá do céu azul, o computador em que escrevo diz-me que estão "19º Sol". O calendário (e o meu não é muito "protetor", porque me comeu um dia a maio...) também confirma a lonjura dos dias e a míngua das noites...
O Verão está mesmo a chegar, e o seu ciclo de pujança e Festa também. Temos Sanjoaninas, presenciais, no que diz respeito a espetáculos de música, desporto, exposições e lançamento de livros. Cortejo de abertura virtual e lembrança das marchas de outros anos. Há uma parte "virtual", priorizando o risco e a saúde, por mor da pandemia.
Entretanto, e a nível nacional, os números da pandemia, no que diz respeito a infetados e internados vai subindo. Embora a letalidade não seja comparável à do último inverno, nem o resto. Sinal de que a vacina é eficaz, embora não a cem por cento, mesmo perante novas variantes, e já vamos na letra delta do alfabeto grego!
O aumento da circulação de pessoas, inevitável em época estival e quando se quer recuperar o turismo possível, também aumentará o risco.
Só a vacinação e os comportamentos responsáveis de todos são o caminho a seguir. Apesar do estio, das festas e do euro...
É que não parece razoável, nem conforme ao princípio da proporcionalidade, quando formalmente não há estado de emergência, nem reforço ou atualização das regras de emergência administrativa, restringir mais do que as leis vigentes permitem. Sem prejuízo de, cirurgicamente, se marcar passo, e nunca dizermos nunca...
Sinais de que a Pandemia ainda resiste e de que a guerra ainda não terminou. Os dilemas e as opções difíceis continuam a pôr-se. O certificado digital que a EU vai implementar, não sendo isento de riscos e delicadezas, parece ser um caminho razoável de abertura, gradual e prudente.
Usando a metáfora estafada da luz ao fundo do túnel, de pitorescas lembranças ferroviárias, já se vê alguma luz... Que o túnel seja curto!