Este é o slogan com que André Viveiros se apresenta aos Pontadelgadenses. No passado dia 24, o candidato do Partido Socialista apresentou a sua candidatura à Câmara Municipal de Ponta Delgada. Fê-lo ao seu estilo: sóbrio; conhecedor e pragmático. André Viveiros tem um currículo pessoal, profissional e político que dispensa grandes apresentações. O André, como ouvi num histórico estabelecimento comercial da baixa de Ponta Delgada, “é um dos nossos”. Esta expressão sintetiza, na perfeição, o perfil e postura do candidato. O “ser um dos nossos” significa um homem simples, humilde, integrado na sociedade real, envolvido em diversas instituições do concelho e que conversa com toda a gente. Sem qualquer distinção dos respetivos estratos sociais! Este é o André Viveiros que conheço há mais de uma década. Este é o André Viveiros que aceitou sujeitar-se, sem qualquer receio, ao escrutínio dos cidadãos das 24 freguesias do concelho de Ponta Delgada, as quais, diga-se, conhece como as “palmas das suas mãos”. Esta experiência de terreno, aliada ao conhecimento científico de que é possuidor, são argumentos fortíssimos do candidato do Partido Socialista para o maior município dos Açores. Ponta Delgada precisa de um Presidente que conheça o concelho. Ponta Delgada precisa de um Presidente que não veja os Paços do Município como um trampolim para outros cargos. Ponta Delgada tem sido uma ponte que o PSD usa, há quase 30 anos, para almejar a entrada no Palácio de Sant´Ana. Foi assim com Manuel Arruda, Berta Cabral e José Manuel Bolieiro. E, ao que parece, há por aí um candidato discípulo desta prática. Ora, com André Viveiros, os Pontadelgadenses sabem que não correm esse risco. A Câmara de Ponta Delgada nunca será um trampolim! E é esta visão egoísta da finalidade do município de Ponta Delgada, materializada ao longo de quase três décadas pelo PSD, que nos conduziu ao atual “estado da arte” dos Mosteiros ao Livramento. Ponta Delgada, e os seus quase 70 mil habitantes, merecem outra visão. Outra postura. Outro tipo de liderança. Para tal, é preciso mudar. Não será com um discípulo da “velha” escola do PSD que Ponta Delgada atingirá o patamar que merece. Ponta Delgada está, há demasiado tempo, num verdadeiro marasmo. Não há uma ideia mobilizadora; um projeto agregador ou uma meta ambiciosa. A gestão é quase exclusivamente corrente. Amplia-se uma escola aqui e outra ali; constrói-se um ou outro parque de estacionamento; fazem-se umas obras de restauro no património municipal e espera-se que o tempo vá passando… Tem sido assim. Entra ano, sai ano. Ponta Delgada sempre adiada. Nem se resolve os problemas que assolam os residentes (habitação, transportes, resíduos, etc…); nem se aproveitou os recursos existentes para “rumar ao futuro”, isto é, tirar o máximo proveito do nosso mar; das nossas deslumbrantes maravilhas naturais; da Universidade dos Açores, da brutal evolução tecnológica, etc.. etc.. Nada! Uma verdadeira pobreza franciscana! É tempo de virar a página. Ponta Delgada tem de dar mais às famílias, aos jovens, aos idosos que aqui moram e, simultaneamente, apoiar verdadeiramente as empresas e empresários sedeadas no concelho. Tudo isto mitigado com sustentabilidade ambiental, muita cultura, arte e engenho. Não é, pois, possível adiar mais o futuro. É por isto, e muito mais, que Ponta Delgada clama por uma “nova vida”!