Na investigação científica, a credibilidade é o conjunto da validade ou precisão dos resultados com a fiabilidade ou faculdade de reaplicar conclusões. O Orçamento para 2022 não reúne estas condições. Tem receitas inexistentes e o corolário de mais desenvolvimento estará comprometido por falta de financiamento. Bolieiro fala, risivelmente, na credibilidade da política, mas os tristes episódios das ameaças vieram de parceiros que ele escolheu. Sujeitar os Açores à indignidade da chantagem política reduz o PPD como partido autonómico. Se for aprovado é o Orçamento Chega e Bolieiro verga-se. O único objetivo é a manutenção do poder, a qualquer custo, até à próxima crise institucional. Um mau orçamento antecipará um futuro sombrio para os açorianos. Na primeira oportunidade, partidos pequenos são “dispensáveis” por inevitável canibalização. Há centralidade do parlamento? Não! São preferíveis soluções de estabilidade governativa do que “chegar” amiúde à ingovernabilidade. Bastou um ano para se repetir este mau ambiente. Sem credibilidade.