O ano 2021 foi um ano difícil. Esta afirmação, ainda que verdadeira, peca seguramente por ser demasiado lisonjeira. A pandemia que nos assola desde março de 2020 não acabou no ano que agora finda. Infelizmente. O tempo que vivemos está, inclusivamente, a mostrar que o termo está muito longe de chegar. Os números de infetados, nos Açores e na República, acaba, nos últimos dias do ano, de atingir números nunca antes vistos. E a tendência, tudo aponta, ser ainda de crescimento. Por isso, já nem sabemos em que vaga, curva ou ponto estamos. Na mente de todos está apenas o nome da variante dominante em curso e o receio, muito receio, do que poderá ainda vir. Vai daí, gostava, humildemente, de dar as boas vindas ao novo ano. 2022 é um bom ano para voltarmos à normalidade. Àquela normalidade. A normalidade que todos nós, com uma ou outra nuance, estávamos tão habituados.  A normalidade que, muitas vezes, todos achávamos demasiado monótona e até mesmo aborrecida. Uma seca, como agora diz a malta jovem. Aquelas idas sempre aos mesmos sítios. Os jantares em casa de familiares ou amigos. As habituais confraternizações de fim de semana. Os cafezinhos com os amigos. As horas de conversa sempre nos mesmos locais. Os passeios pela ilha aos locais de sempre. As idas aos parques com a rapaziada. As festas de aniversário dos nossos filhos. As festas dos colegas do colégio. E muito, muito, mais. Tudo, obviamente sem máscaras, sem álcool gel, sem distanciamento, sem testes rápidos, PCR ou outros e sem qualquer preocupação. 2022 bem podia ser o ano do regresso de todas essas "secas". Se assim fosse, teríamos um grande ano. Como é apenas um sonho, o qual temo bem não ser exequível tão cedo, desejo muita saúde para todos e não se esqueçam de se protegerem. Os cuidados de cada um de nós são (serão) decisivos para todos. Paralelamente, apelo a muita paciência, grande resiliência e que façam de tudo para serem felizes! Felicidade na bitola de Confúcio – filósofo e sábio Chinês – que nos ensinou que “A melhor maneira de ser feliz é contribuir para a felicidade dos outros.”