Em meia-dúzia de evidências:
Uma: Não vale tudo.
Rio esperneia para todo lado, obcecado que está com a ideia de vir a ser primeiro-ministro (!). Costa deixou cair, não embalando em todas as negociatas que lhe proporcionariam aguentar-se em toda sela.
Rio é um candidato que não faz alianças com a extrema direita, mas pelo sim pelo não, vai fazendo uma campanha focada em esclarecer as propostas do Chega, aqui e ali explicando, pelos próprios até, que as intenções programáticas são bem mais moderadas do que parecem (!). Costa deixou claro de que se demite caso não vença.
Duas: A ambição de melhorar a vida das pessoas.
Rio diz que há muito Estado na economia e na vida das pessoas (!). Costa prefere destacar que, da leitura do programa de Rio, viu muito sobre números e muito pouco sobre as pessoas.
Rio apenas vê com bons olhos a subida do salário mínimo nacional se arrastado por uma melhoria do contexto económico (!). Costa garantiu já este ano a sua maior subida de sempre e o compromisso de chegarmos aos 900 € nacionais em 2026.
Rio promete uma populista generalizada baixa de impostos (contradizendo-se até com afirmações de um passado recente) e provocando, muito naturalmente, uma automática diminuição das receitas do Estado. Por explicar onde efetivamente tenciona cortar na despesa (!). Costa compromete-se com uma mexida no IRS com vista a uma valorização dos salários médios.
Rio opta pelo caminho da desvalorização das previsões da Comissão Europeia de crescimento económico para Portugal (!). Costa assume um horizonte económico de crescimento de 0,5 pontos percentuais acima da média da U.E. e 1 ponto acima da Zona Euro até 2026.
Três: Para as pessoas, um projeto sem se's.
Rio quase que se compromete com as suas próprias propostas caso o cenário futuro se aproximar de uma espécie de ideal irreal, do género, se não houver pandemia, se não houver inflação, se não houver instabilidade (!)... Costa lança ambições, lutando pelos sonhos das famílias, bem ilustrado que fica com a ideia da semana de trabalho de quatro dias.
Quatro: Mais justiça ao dia-a-dia.
Rio promete grande reforma na Justiça. Tão impactante que ainda ninguém a vislumbrou, nem aquando da apresentação do programa eleitoral (!). Costa relembra a preocupação de uma melhoria na "justiça fiscal".
Cinco: Com uma escola que é para todos.
Rio considerava, em 2019, de que o sistema educativo tinha afinal docentes a mais (!). Costa promete criar mais incentivos à opção pela carreira docente, uma aceleração na vinculação dos docentes às escolas, uma alteração ao regime de recrutamento conferindo maior estabilidade ao sistema educativo através de uma maior e mais justa estabilidade aos seus docentes.
Seis: O cuidar das pessoas.
Rio pretende melhorar o Serviço Nacional de Saúde investindo no sector privado (!). Costa compromete-se cobrir 80% da população com as Unidades de Saúde Familiar, construindo ou modernizando mais de 100 Unidades, edificar novos hospitais, reforçar incentivos para a fixação de médicos...
Nas mãos do povo.