Se afinal
tudo aquilo que mais conta é mesmo o tamanho e a agressividade do título jornalístico, a sua maior competência em manietar pensamentos e conclusões ao mais incauto (e)leitor...
Se afinal
tudo aquilo que mais conta é fazer crer nos amplos consensos político-partidários em nome dos mais puros propósitos, coresponsabilizando tudo e todos por todo e qualquer futuro eventual fracasso e, com a outra mão que é livre, ir arrecadando as medalhinhas do caminho, no bom uso do primeiro pressuposto deste texto...
Se afinal
tudo aquilo que mais conta não é visar um horizonte ambicioso para o nosso sistema educativo regional e descobrir os melhores caminhos para se lá chegar, mas sim nunca fazê-lo, traçando metas intermédias, apenas estas, e que o mesmo é dizer, navegando à vista com rumo ao excitante desconhecido...
Se afinal
tudo aquilo que mais conta não é avançar para o tratamento dos problemas, diagnosticando primeiro e seriamente que problemas são esses, com ou sem radiografias à la minute, mas sim produzir um caldinho que a todos sossegue, que a todos conceda felicidade, por a todos permitir juntar o condimento que lhe aprouver...
Se afinal
tudo aquilo que mais conta é, vezes e vezes sem conta, fazer uso de todos os possíveis microfones para que, até a voz não poder mais, se repitam, infindavelmente, aqueles inquestionáveis e belos chavões sobre Educação, no lugar de, na hora certa, se ouvir sim, digo eu, a senhora diretora regional desta área governativa, a mesma senhora que nem por ocasiões das reuniões datal "Estratégia da Educação para a Década" houve oportunidade de ouvir ou de tão pouco conhecer...
Se afinal
tudo aquilo que mais conta não é apontar o dedo ao futuro, mas sim ao passado, não é concluir a década em curso para uma estratégia de Educação com estabilidade, mas sim cortar rente e pôr abaixo a prodigiosa árvore de frutos em detrimento de uma qualquer outra, essa ainda nem nascida...
Se afinal
tudo aquilo que mais conta é afinal fazer de conta e ser credível nessa ação...
Então...
Nua e crua é a realidade de que, a muito curto prazo, e bem a pique, cairão os resultados.
Mas vamos lá ter calma, meus senhores, e muita calma, pois...
"Afinal o que importa é não ter medo:
fechar os olhos
frente ao precipício
e cair verticalmente no vício" ...
não é verdade, ó poeta?!