Opinião

Não é nada com eles

É cada vez mais preocupante o aumento do custo de vida das famílias e o aumento dos custos de atividade das empresas e das organizações. Esse nível de preocupação aumenta quanto constato uma ausência, nos Açores, de medidas concertadas que tenham como objetivo mitigar estes impactos.

Esta ausência levou a que o PS/Açores apresentasse um pacote de medidas que incidia em três vertentes que são essenciais no nosso dia-a-dia: o aumento dos combustíveis, o aumento dos custos de produção e no aumento dos preços dos bens alimentares.

A aprovação destas medidas permitiria que um açoriano, uma empresa açoriana, uma IPSS ou uma Associação, por via da baixa do ISP, pagassem muitos menos quando se deslocassem a uma bomba de gasolina. A aprovação destas medidas permitiria aos agricultores, que continuam a ser mal pagos pelo litro de leite e já pagam uma exorbitância pelo preço da ração, vissem a fatura dos combustíveis baixar consideravelmente. A aprovação destas medidas permitiria que todos os pescadores dos Açores soubessem que iriam ter muito menos custos numa ida ao mar. A aprovação destas medidas permitiria que os preços de venda ao público não aumentassem porque as empresas seriam apoiadas no sentido de atenuar os custos que tem para colocar os seus produtos à venda. A aprovação destas medidas permitiria um cabaz alimentar aos que mais necessitam majorado em trinta euros. A aprovação destas medidas permitira, no fundo, que uma simples ida à bomba de gasolina, uma ida básica ao supermercado ou uma pequena obra em casa tivesse um menor impacto nas nossas carteiras e permitiria aligeirar, nos Açores, a passagem desta crise que ainda ninguém soube dizer quanto tempo irá durar.

Mas, caros ouvintes, eu disse permitiria. E disse permitiria porque o PSD, o CDS-PP, o PPM, o IL, o CH e o Deputado Independente votaram contra, fazendo com que ficasse tudo na mesma.

               

(Crónica escrita para Rádio)