A estação parva vai-se devagarinho. Os dias encurtam, as escolas reabrem e o governo cimeira.

O Turismo voltou, de forma significativa - prova inelutável do que as suas bases e as grandes opções anteriormente tomadas foram arrojadas, mas certas. Agora sem reencaminhamentos e com a quase supressão do transporte marítimo de passageiros.

Este governo não quer ou não sabe nadar...
A guerra da Ucrânia consolidou tendências inflacionistas e inevitáveis subidas das taxas de juro, agravando situações das famílias e das empresas. O Governo da República tomou um conjunto de medidas, no sentido de atenuar esses efeitos, inclusive sobre os residentes das regiões autónomas. Por cá, o governo não conseguiu ser previdente - mas quer-nos fazer crer que... é vidente! Pois só assim se pode entender que a anunciada descida de impostos de 2020 foi feita já a pensar nas consequências da guerra da Ucrânia! Eles garantem que sim, escondendo no bolso a bola de cristal.

Numa altura de crise, o Governo continua completamente insensível à precariedade laboral, não querendo acautelar a situação daqueles que, satisfazendo necessidades permanente e com subordinação jurídica laboral, deviam ver a sua situação regularizada. Isto mesmo no setor da saúde, tendo a direita amigada chumbado no Parlamento uma proposta do BE que pretendia regularizar esse pessoal, e dezenas de médicos e enfermeiros.

O nosso Governo, todinho, foi em excursão à Madeira. Ficámos sem Governo, mas reagimos bem: os turistas continuaram a chegar, as vacas a sorrir e a dar leite e a luzerna continuou a crescer. Está provado: sobrevivemos bem sem este governo!

Da excursão, resultou uma inflamação oratória, pouco consentânea com a separação de poderes e as respetivas competências dos inflamados. Coisa pouca, que não foi lobrigada pelas meninges do comentário doméstico...