Pleno plenário de Plano & Orçamento para 2023, e foi esta a melhor resposta encontrada pela Sra. Secretária da Educação e dos Assuntos Culturais para a questão "onde afinal se encontra o indispensável Plano Estratégico da Educação para a Região Autónoma dos Açores?":
- A missão impossível é perceber o que Sr. Deputado quer! - disse.
Sra. Secretária, e pela trigésima nona vez, nada mais fácil: gostaria apenas que nos iluminasse, a nós como a todos os Açorianos, para onde afinal se dirige esta sensível barca, a área governativa da Educação na Região Autónoma dos Açores. Não me parece complicado. O que o PS sempre disse, Sra. Secretária, e reitero, é que o Plano para a Década que tanto propagandeou pretender criar, estava afinal criado e muitíssimo bem criado, aliás, como também muito bem sabe. Viajava ele a velocidade cruzeiro, efetivamente, comprovado que ficou pelo mais isento relatório ao qual poderíamos recorrer, o do Tribunal de Contas.
É um ProSucesso renovado e melhorado que desde sempre deveria ter sido assumido, Sra. Secretária, e não dele fazer tábua rasa, assobiando para o lado, refugiando-se na promessa eterna de fazer florescer algo completamente novo.
Não me parece que essa assunção tenha alguma vez ocorrido e muito menos acompanhada de uma indispensável explicação sobre os seus moldes. É só e apenas isso, Sra. Secretária. Nunca foi outra coisa.
E então?! Não será então mais do que natural questionar se dois anos de governação não chegariam já para que o tal novo Plano Estratégico surgisse, uma vez que despedaçado o ProSucesso às mãos da coligação? Não seria isto espectável de uma governação minimamente responsável?
Sei bem o que pensa. Pois sim. Um Plano tornado público, obrigaria com toda a certeza a muitos e arriscados compromissos. Assim, sem quaisquer metas, objetivos, finalidades, como lhe queiram chamar, nunca se correrá qualquer risco de fracasso.
Óbvio. Diria até que, ainda mais do que óbvio, é o destacado tacticismo político, puro e duro. Esta imperdoável opção de se sacrificar a Educação Açores por prioridade à proteção política governativa. E com que custos, Sra. Secretária?!Com que preço no futuro, esse priorizar do autossustento da coligação governativa em detrimento de uma séria aposta na Educação? Incomensurável.
É isto e tão só. O tempo cavalga, a barca à deriva, a Educação irresponsavelmente sem azimute apontado a qualquer cais de chegada.