Opinião

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Em 2021, os Açores foram a Região mais desigual do País. Foi, também, aquela que mais agravou o risco de pobreza e onde a taxa de privação material e social severa aumentou 11%. Já a taxa de sobrelotação da Habitação aumentou 21%, passando a Região a liderar o ranking nacional neste indicador. Os dados divulgados há dias pelo INE, relativos ao Inquérito às Condições de Vida e Rendimento de 2021, revelam que os Açores estão a regredir enquanto que no País se registou uma evolução positiva. Face aos maus resultados, o Vice-Presidente do Governo optou por lembrar uma parceria com a Universidade de Coimbra para estudar o fenómeno da pobreza. Pena que o Artur Lima de 2023 não se entenda com o Artur Lima de 2017. Certamente que este não deixaria de lembrar aquele que “este governo, esta maioria, projeta sempre para o futuro os resultados da sua governação, porque não quer olhar para onde nos conduziu com o insucesso das suas políticas. Vejam o fracasso das políticas, nas difíceis condições de vida de cada vez mais açorianos. Vejam quantas famílias, quantos açorianos estão, ainda hoje, em risco de pobreza na nossa Região”. Nem mais, senhor Vice-Presidente, nem mais.