A Coesão Territorial foi o tema central das jornadas do Grupo Parlamentar do PS/Açores, dedicadas aos concelhos da Povoação e do Nordeste na passada semana.
Foram três dias de trabalho, proximidade e diálogo quer com as populações quer com as empresas, associações, organizações de intervenção social e outras entidades públicas e privadas que, nos diferentes sectores de atividade, laboram nestes territórios.
A necessidade de promover e reforçar o investimento em políticas públicas promotoras da coesão territorial, quer na Região quer nestes dois concelhos, foi tema central e transversal nos muitos encontros de trabalho realizados. Os concelhos da Povoação e Nordeste sentem, apesar de localizados na maior Ilha do Arquipélago, o peso do isolamento que a melhoria das acessibilidades por si só não resolve.
A incoerência e visão errática na (in)definição de uma estratégia e de políticas públicas adequadas agravam problemas antigos e não respondem aos desafios atuais destes territórios. Foi esta uma das principais mensagens que, nas diversas reuniões sectoriais, fomos recebendo.
Destas jornadas fica, ainda claro, que a coesão territorial e a sustentabilidade demográfica da Região e, destes dois concelhos em particular, estão sem norte, sem uma abordagem estrutural, coerente e pragmática que motive e possibilite a fixação das populações nas freguesias e concelhos onde o envelhecimento e a perda de população, a par das desigualdades territoriais, constituem os problemas mais emergentes e que mais ameaçam o seu desenvolvimento harmonioso.
Nas reuniões e visitas a entidades de intervenção na área social, se dúvidas houvesse, ficou também clara e evidente a relevância do papel que instituições como a Cooperativa Celeiro da Terra, a Cooperativa de Pescadores da Ribeira Quente, a Santa Casa da Misericórdia da Povoação, a Fundação Maria Isabel do Carmo Medeiros, a Associação de Apoio aos Deficientes e Inadaptados de Nordeste - Amizade 2000 e a Associação Sol Nascente representam na promoção do desenvolvimento local e da coesão social, económica e territorial quer pelo apoio que asseguram nas suas diversas vertentes do cuidar, quer pela dinamização de empresas de inserção e economia solidária que formam e empregam pessoas, em risco de exclusão social, e que contribuem, de forma preponderante, para a dinamização da economia local.
A redução das disparidades e o reforço da coesão territorial, da coesão económica e da coesão social faz-se, também, em articulação e de forma integrada com instituições como estas que, apesar das muitas dificuldades e adversidades, não desistem da sua missão.
Assim, como o Partido Socialista não desiste de manter e reforçar a proximidade e o diálogo com as populações e as instituições, e não desiste de lutar pelos Açores e pelos Açorianos.