O Sr. Presidente da República anunciou a dissolução da Assembleia Legislativa Regional dos Açores e marcou eleições regionais antecipadas para 4 de fevereiro.
Uma decisão expectável que, face à instabilidade criada pela coligação (PSD, CDS e PPM), dará nova oportunidade aos açorianos de escolherem a melhor solução para o futuro da Região. No meu entender, essa solução passa pelo voto no Partido Socialista.
O PS, como partido da oposição, tem demonstrado, nos últimos três anos, uma postura exigente, atuante e responsável, permanecendo fiel às suas convicções e princípios e, acima de tudo, empenhado, no presente, em desenvolver uma alternativa que resgate os Açores de um governo incapaz e incompetente.
Um governo que prometeu muito e que pouco cumpriu. E passo a destacar alguns exemplos concretos que, aqui no Faial, corroboram esta afirmação.
No âmbito dos Transportes, o Governo Regional do PSD/CDS/PPM não resolveu os 14 voos semanais para o Faial, conforme prometido em campanha, no entanto a Azores Airlines tem anunciado rotas para outros destinos.
O transporte marítimo de mercadorias tem estado caótico, prejudicando gravemente os nossos empresários e o governo descarta-se de quaisquer responsabilidades, o que revela uma total falta de sensibilidade e vontade para ajudar a resolver o problema.
Na Saúde, verificamos que têm sido lançados sucessivos concursos para a empreitada de requalificação e ampliação do Hospital da Horta, no entanto sem qualquer previsão do início da obra, o que revela, uma vez mais, a incompetência deste governo. Nesta ilha, o acesso aos cuidados de Saúde está cada vez mais difícil, com um número crescente de utentes sem médico de família e sem que o governo consiga implementar medidas eficazes que contrariem esta realidade.
Este governo tem ignorado a necessidade evidente de concretizar uma 2ª fase de reordenamento do Porto da Horta, que efetive a separação das atividades desenvolvidas e promova a segurança da navegação e que garanta, também, a tão necessária ampliação da marina da Horta. Com muitas promessas e estudos, o certo é que continuamos a aguardar por uma solução que tarda em surgir.
Na rede viária, mesmo sem uma apresentação ao público do projeto final, todavia com promessas de início de obra ainda no decorrer do presente ano, o certo é que continuamos a aguardar pelo arranque da 2a fase da variante. Outro exemplo, claro, de falta de planeamento, onde se lança um procedimento sem antes se negociar com os proprietários dos terrenos por onde passará este troço de estrada.
Com tanta promessa para execução de obras em 2022 e 2023, apenas foi lançado, há cerca de 2 semanas, o concurso elaboração do projeto de reabilitação da estrada regional entre Cabouco e Ribeira Funda.
Muitos outros exemplos poderiam ser dados, como a reparação da Escola Secundária Manuel de Arriaga, a reabilitação do Solar de São Lourenço e da Casa dos Pescadores e a consolidação do Castelo de São Sebastião que continuam a ser ignorados pelo executivo regional.
