Opinião

Porque votarei no Partido Socialista?

Sendo filho de um Socialista que, durante 20 anos, foi autarca de freguesia, desde cedo vivenciei a ambição e a dedicação no desenvolvimento da comunidade e no auxílio das famílias mais carenciadas. E, desde cedo, que também percebi que a política é fundamental para o progresso da sociedade, desde que os seus protagonistas trabalhem seriamente em prol da comunidade e nunca na defesa dos seus interesses pessoais ou meramente partidários.

Também presenciei a mudança ocorrida em 1996, que resultou na viragem do cenário político na Região, com o governo a transitar do PPD/PSD para o PS. A viragem foi significativa, até mesmo do ponto de vista da vivência democrática e, apesar de governar sem uma maioria absoluta, com calamidades terríveis, como a ocorrida em 1997 na Ribeira Quente, em 1998 com o sismo que assolou a nossa ilha e a vizinha ilha do Pico, ou a queda do avião da SATA em 1999, o governo do PS aguentou-se firme e merecedor de uma vitória bastante significativa no ano 2000.

Nos anos de governos Socialistas, a Região assistiu a um progresso assinalável a todos os níveis e ao fortalecimento da sua coesão económica, social e territorial. De Santa Maria ao Corvo, foram feitos investimentos estruturantes que mudaram o paradigma do arquipélago - de uma Região assente em políticas ultrapassadas e resistentes à mudança, para uma Região virada para o futuro, com políticas assentes nas tendências das Regiões mais desenvolvidas da União Europeia. Os vários governos Socialistas presididos quer por Carlos César, quer por Vasco Cordeiro, tiveram a capacidade de liderar os Açores em direção a um horizonte de prosperidade, igualdade e sustentabilidade.

Toda esta evolução elevou a notoriedade dos Açores, contribuindo para que se tornasse, atualmente, um destino cada vez mais procurado por visitantes que buscam tranquilidade, beleza natural e uma cultura ímpar.

Hoje, infelizmente, sinto que estamos piores em todos os indicadores do que estávamos há 3 anos. A tendência crescente na melhoria dos indicadores económico sociais sofreu um revés nos últimos 3 anos, deteriorando a situação da Região e, por conseguinte, prejudicando o bem-estar das empresas e das famílias açorianas. A dívida pública subiu vertiginosamente e apenas assistimos a um governo a dar continuidade a obras iniciadas ou projetadas pelo anterior Executivo, sem projeto ou visão convincente de futuro.

Votar na coligação PSD/CDS/PPM é continuar a apostar no desnorte e no desgoverno que assistimos nestes últimos 3 anos nos Açores.

Por tudo isto, por ter acompanhado de perto a ação dos governos socialistas, por acreditar na humildade, na determinação e na capacidade de liderança de Vasco Cordeiro, opto por votar no Partido Socialista. Opto por votar no progresso da Região, por apoiar quem toma decisões pensando no desenvolvimento dos Açores e sem a pressão de satisfazer os egos de outros protagonistas que apenas querem salvaguardar os cargos dos seus apoiantes partidários e que atrasam o rumo ao progresso.