Na cerimónia de entrega das conclusões do Conselho Consultivo do PS-Açores, César disse orgulhar-se do envolvimento de muitas pessoas sem filiação partidária na “tarefa de pensar e desenvolver os Açores”, o que mostra que o Partido Socialista é hoje uma “força política de atracção central na sociedade açoriana.”
O Presidente do PS-Açores defende um terceiro pilar de desenvolvimento para a Região, alicerçado na captação do investimento externo e na procura das parcerias necessárias, depois do trabalho empreendido nos últimos anos no reforço da “longa tradição produtiva do sector primário e na aposta no Turismo. Carlos César falava assim no passado dia 28 de Junho perante uma plateia de quase seis centenas de pessoas, que assistiram, na aula magna da Universidade dos Açores, em Ponta Delgada, à sessão de encerramento do Conselho Consultivo de Independentes do PS-Açores. Uma sessão durante a qual os coordenadores dos diversos grupos sectoriais daquele órgão entregaram ao Presidente do Partido os seus contributos para o Programa de Governo do PS-Açores para a próxima legislatura.
Referindo-se a esses importantes contributos, que resultaram de cerca de cinco meses de trabalho e que envolveram mais de duas centenas de independentes, Carlos César disse que “a contribuição de personalidades independentes para a elaboração, execução e actualização do nosso projecto é uma virtualidade e não um problema de identidade” e que a mesma demonstra que “a democracia não se esgota na interioridade dos partidos políticos.”
O líder dos socialistas açorianos defendeu também uma maior cooperação entre os privados e as instituições públicas, como a Universidade dos Açores, por forma a “atrair à região empresas de prestígio internacional que permitam um desenvolvimento na área das novas tecnologias de informação”, prometendo que, da parte do novo Governo Regional socialista, nesta como em outras matérias, este “estará na primeira linha dos impulsos para a concretização desses novos eixos de crescimento, de diversificação e de inovação.” O Presidente do PS-Açores comprometeu-se ainda a assegurar "mais investimento público onde há menos investimento privado", através da criação do Fundo de Apoio à Coesão e ao Desenvolvimento Económico no Arquipélago.
Compromissos que contrastam, segundo César, com aquilo que foram as políticas dos governos do PSD, que deixaram “a Região desfeita” e com as práticas de uma coligação de Direita, que, a nível nacional, é responsável por “um país em desânimo e agora em turbilhão.”
Carlos César disse ainda que um dos próximos desafios passará por conseguir junto das instâncias europeias a "discriminação positiva da ultraperiferia, assegurar os mesmos meios financeiros no IV Quadro Comunitário de Apoio e as elegibilidades adequadas ao fomento da convergência e, rever os programas específicos, particularmente na agricultura e nas indústrias a jusante, tendo em conta uma evolução estratégica para o sector." Para isso, está prometido “um importante reforço de meios humanos no primeiro trimestre de 2005" para os departamentos da Região que se relacionam com a Europa.
Na sessão do passado dia 28, apresentaram as conclusões dos grupos do Conselho Consultivo de Independentes, coordenado pelo Prof. Dr. Duarte Ponte, o Eng. João Lança (coordenador para a área da Agricultura e Pescas), Prof. Dr. Carlos Santos (para o Turismo), Prof. Dr. Eduardo Brito de Azevedo (do grupo do Ambiente), Eng. Paulo Menezes (Transportes), Eng. Francisco Botelho (Energia), Eng. Luís Dutra (Reforma da Administração Pública), Dr. Arnaldo Machado (Comércio, Indústria e Incentivos), Prof. Dr. Monteiro da Silva (Novas Tecnologias e Sociedade da Informação), Dra. Graça Almeida (Educação), Dr. Victor Rui Dores (Cultura), Dr. José Carlos Cabral (Desporto), Dr. Rui San-Bento (Saúde) e Dra. Piedade Lalanda (Solidariedade e Segurança Social).