O compromisso foi assumido pelo Presidente do PS/Açores ontem à noite, no Nordeste, onde o líder socialista respondeu também a algumas críticas da Oposição.
Carlos César comprometeu-se a avançar, já no próximo ano, com o projecto das SCUT na ilha de S. Miguel. Nos próximos quatro anos, o projecto, muito ansiado pelos nordestenses, irá encurtar significativamente a distância daquela Vila a Ponta Delgada. Para além do compromisso de avançar rapidamente com este projecto, o líder socialista deixou também a garantia de que as SCUT’s em S. Miguel não terão quaisquer custos para os utilizadores, algo que não aconteceria se o projecto fosse levado a cabo por um eventual Governo de direita.
“Se fosse a Coligação PSD/PP no Governo dos Açores, fazia o mesmo do que no Continente, seriam os nordestenses a pagar as SCUT’s”, referiu César.
O Presidente do PS/Açores teve, no comício de ontem, no Nordeste, mais um “banho de multidão”. A crescente mobilização em torno do projecto do Partido Socialista, que se tem notado em todas as acções de campanha nas várias ilhas, representa, para Carlos César, “um sinal da vitória” no próximo dia 17 de Outubro e uma manifestação de confiança na continuidade do trabalho desenvolvido nos últimos oito anos.
“Todas estas pessoas que nos têm acompanhado nesta campanha eleitoral estão connosco porque querem que a nossa obra continue, porque reconhecem o trabalho que fizemos, porque querem continuar a ter novos empregos por cada ano que passa, porque querem ter cada vez mais acesso a bons cuidados de saúde, porque querem ter os seus filhos em novas e boas escolas, porque querem continuar a ter os investimentos a protecção e na segurança dos idosos, da infância, dos jovens em risco, das pessoas com deficiência, porque querem um Governo activo, enérgico, responsável, experiente, competente e unido, e não um governo copiado do da Coligação do Continente, e não uma coligação e dois partidos que nos Açores, ainda mal estamos em meados da campanha eleitoral, e já estão às brigas uns com os outros, já não se podem ver uns aos outros, já dizem que vão perder um por causa do outro”, afirmou Carlos César, num discurso muito aplaudido pelas pessoas que enchiam o salão da escola da Lomba da Fazenda.
O Presidente do PS/Açores notou mesmo que o desenvolvimento que a Região tem conhecido nos últimos tempos, pela mão dos Governos do Partido Socialista, parece ser um facto que só a Oposição não reconhece. “Não me lembro, uma única vez, dos partidos da Coligação elogiarem um acto do Governo Regional”, disse, acrescentando que “sempre falaram mal de tudo” e que, por isso, “não admira que, em coerência, agora prometam tudo.”
“Será que alguém que esteve 20 anos no Governo e que nos deixou uma Região estagnada e uma Região na bancarrota, agora, numa coligação de brigas e de intrigas, vai fazer o que não soube fazer, se não sabe ver o que nós estamos a ver e que está à vista de todos, que é a grande obra que fizemos nestes oito anos nos Açores?”, indagou Carlos César.
Ainda a apontar baterias aos seus adversários, o líder socialista observou que “a Coligação formada pelo PP e pelo PSD, nesta campanha, quando é o PP escondem o PSD; quando é o PSD escondem o PP.” E não quis deixar de responder às críticas que lhe haviam sido dirigidas horas antes pelo líder da Coligação Açores.
“Um líder partidário visita a Cofaco, onde nós já integrámos centenas de trabalhadores, através do programa Estabilizar, e vem dizer que o Governo tinha pagamentos em atraso nessa empresa, quando o líder da Coligação, como todos souberam, é o líder do Partido de onde saíram as queixas dos apoios financeiros à mesma empresa que ele agora visitou”, afirmou Carlos César, aludindo, de novo, às cartas anónimas dirigidas à Comissão Europeia.
Para o concelho do Nordeste, e para além do projecto das SCUT’s – que fará com que a viagem de Ponta Delgada ao Nordeste seja encurtada para 50 minutos – Carlos César deixou ainda os compromissos de construir uma piscina coberta, adquirir terrenos em todas as freguesias para habitação, construir o Porto de pescas da Vila e melhorar a estrada do Salto do Cavalo, entre outras.