Deixa claro Carlos César - Açores sempre em primeiro no relacionamento com a República

PS Açores - 21 de novembro, 2005
"Nós pensamos que cabe defender, em primeiro lugar, os Açores, depois os Açores e a seguir os Açores" no relacionamento com a República, disse Carlos César, no encerramento do XII Congresso do PS/Açores, que decorreu na cidade da Horta. O presidente do PS/Açores salientou, ainda, a "boa colaboração" com o actual Governo de José Sócrates, mas alertou que, por definição, não poderá ser isenta de "desentendimentos mesmo sobre entendimentos", numa alusão às recentes declarações de José Sócrates sobre o pagamento da dívida do Estado à Região. "Quando os socialistas açorianos falam estão a pensar nos Açores e quando se calam estão, também, a pensar nos Açores", assegurou Carlos César. Alertou, ainda, que o que o Governo da República e José Sócrates "querem de melhor para o país também querem para os Açores", referindo-se às relações entre o Estado e as Regiões Autónomas. Recentemente, Carlos César assegurou que tinha chegado a um entendimento com o Governo da República para o pagamento da dívida do Estado aos Açores, mas o primeiro-ministro, durante o debate do Orçamento, adiantou não existir qualquer acordo neste sentido. Na resposta, José Sócrates assegurou que o princípio da solidariedade territorial é "fundamental para Portugal", assente em critérios de justiça. Elogios a César Ontem, na Horta, num discurso com muitos elogios à governação socialista de Carlos César nos Açores, José Sócrates salientou que o líder do PS/Açores é "um dos melhores quadros políticos que o PS tem" no país. "Quando precisei dos Açores, nunca fiquei decepcionado. Sempre encontrei apoio e suporte", disse o dirigente socialista, para quem o partido na região "soube constituir uma classe política e prestigiada". Por outro lado, o secretário-geral do PS garantiu que o partido se "orgulha" da decisão de apoiar Mário Soares nas eleições presidenciais, alegando que o candidato sempre esteve do "lado certo da história". "Mário Soares nunca se enganou naquilo que foram interesses do país" e demonstrou, ao longo dos anos, que esteve "sempre do lado certo da história", salientou José Sócrates. O líder socialista realçou que a pré-campanha para as eleições presidenciais de Janeiro tem mostrado que Mário Soares está "igual a si próprio", com as mesmas características de um "político lutador e que nunca desiste". José Sócrates defendeu, ainda, que a eleição do candidato apoiado pelo PS permitirá que a Presidência da República fique "em boas mãos", razão pela qual o PS vai apoiar a campanha "com toda a convicção". Segundo disse, a pré-campanha de Mário Soares tem sido marcada por "um discurso jovial" sobre Portugal e o Mundo, o que "honra a boa tradição do PS". Perante os socialistas açorianos, José Sócrates reafirmou a intenção do Governo de responder aos "três desafios" que se colocam ao país e que passam pela redução do défice das finanças públicas, luta por maior confiança e investimento e qualificação dos portugueses. O PS, "quando foi chamado a governar soube responder às necessidades do país e pôr as finanças em ordem", disse o secretário-geral socialista, que admitiu que o "mais importante" dos actuais "desafios" é a qualificação dos portugueses. Destacou, ainda, a medida que classificou de "ambiciosa" do seu Governo para, em quatro anos, "retirar 300 mil idosos da pobreza", alegando que, "se o Estado quer ser justo, deve tratar de forma diferente situações diferentes". fonte: acores.net