O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, considera que o general Humberto Delgado constituiu para muitas gerações de açorianos “um ponto de referência e uma esperança na reconquista das liberdades públicas”.
Falando, em Ponta Delgada, na cerimónia de pré-exibição nacional do filme documental “Meu pai, Humberto Delgado”, integrada nas comemorações do centenário do nascimento do “general sem medo”, o chefe do executivo açoriano destacou o papel de Humberto Delgado nas negociações de Portugal com a Inglaterra que levaram à criação e instalação de forças aliadas em bases nos Açores, na ilha Terceira, resultando também na adesão do nosso país à causa aliada.
Carlos César lembrou, ainda, que a campanha presidencial de Humberto Delgado, em 1958, trouxe a esperança na reconquista das liberdades públicas a muitos açorianos, e prestou homenagem àqueles que nas ilhas se envolveram e empenharam no combate contra a ditadura liderado pelo general.
A este propósito, considerou “muito interessante” que a Universidade dos Açores procedesse, em colaboração com a Fundação Humberto Delgado, a um estudo “mais minucioso e agregado deste período tão significativo da história portuguesa e do envolvimento de muitos açorianos” na campanha presidencial de Humberto Delgado.
“Meu pai, Humberto Delgado” constitui um documento testemunhal “sobre um pai”, que gira à volta da narração, em primeira pessoa, da filha do general, Iva Delgado. Realizado por Francisco Manso, com argumento de Frederico Rosa e produção de José Mazeda, o filme foi apoiado pelo Governo Regional dos Açores, facto que levou Iva Delgado a expressar os seus agradecimentos aos açorianos “por terem um presidente que se preocupa em preservar memórias tão importantes para um povo e para os jovens de hoje”.
GaCS/JSF