Presidente do Governo diz que solidariedade nacional com os Açores cresceu devido a comportamento “tresloucado” do executivo madeirense

PS Açores - 10 de novembro, 2006
O presidente do Governo Regional, Carlos César, considera que “a solidariedade do País em relação aos Açores cresceu muito, infelizmente, por causa do comportamento tresloucado que o executivo madeirense tem tido nos últimos anos”. “Aquilo que os portugueses hoje sentem em relação aos Açores é confiança numa região autónoma que sabe gerir os seus recursos, que o faz com cuidados e com rigor, e que preza a solidariedade nacional, que não deixa de defender, com vigor, a autonomia e os seus direitos”, acrescentou Carlos César, numa entrevista ao “Jornal do Pico”. Num balanço à evolução dos Açores nos dez anos que concluiu ontem como presidente do Governo, referiu como digno de nota o facto da Região ter passado a crescer economicamente, desde 1998, mais do que a média nacional, fazendo a convergência com o País e, também, com as médias da União Europeia”. Tratou-se de uma “mudança de percurso”, sublinhou Carlos César, ao realçar como outra importante alteração a verificada ao nível do mercado de trabalho: “há dez anos atrás tínhamos um desemprego alto e, pior que isso, não estávamos a criar mais postos de trabalho líquidos. Desde 1996, aumentamos significativamente a população empregada, não só por substituição mas, também, pela criação de novos postos de trabalho”. Além de invocar os progressos registados no turismo, na defesa do ambiente e na ciência e tecnologia, o chefe do executivo destacou o fortalecimento da economia através de grupos de investimento diversificado. “Há dez anos atrás a iniciativa privada confinava-se, no essencial, a dois grupos económicos que se refugiavam, aliás na poupança. Hoje, apareceram vários grupos com investimentos diversificados, suportados, sobretudo, no sector turístico”, disse. O presidente do Governo pôs, também, em confronto a situação financeira da Região em 1996 com a actual, indicando que há dez anos vivia-se em autêntica falência, sendo que, agora, os Açores dispõem de um quadro financeiro estável e equilibrado. “Hoje nós encontramos espaços de liberdade, iniciativa, de confiança empresarial, uma infra-estruturação completamente diferente, um modelo de desenvolvimento claro que mudaram e estão a ajudar a mudar os Açores para melhor”, considerou. GaCS/AP