O presidente do Governo Regional dos Açores admite que na Região acontecem, ainda que de “forma ténue”, “situações de desigualdade” que “convocam” os cuidados da sociedade e do executivo.
O progresso da Região é uma realidade, “mas há ainda muito para fazer e temos pressa em ver o maior número de açorianos realizados na terra onde vivem”, considera Carlos César, na sua tradicional mensagem de Natal.
O chefe do executivo alerta para um panorama mundial em que “a tranquilidade de uns contrasta tantas vezes com a escassez e desconforto de outros”, sublinhando o facto de a pobreza atingir “cruelmente países e continentes inteiros à custa do benefício de cada vez menos pessoas, dissimuladas na organização globalizada dos interesses económicos e financeiros”.
E acrescenta que uma necessária alteração desse estado de coisas só será possível com um movimento alargado que obrigue “governos e líderes de comunidades a agirem no sentido do bem comum”.
Além de se afirmar esperançado em que tal mobilização aconteça, por “oposição ao egoísmo e conformismo”, Carlos César alega que, também na Região, “todos são necessários – independentemente dos partidos, das religiões ou local de nascimento e ilha de residência – para continuar a desenvolver os Açores, como tem acontecido nos últimos anos”.
Numa mensagem extensiva os açorianos da diáspora, Carlos César evoca, igualmente, o “impulso maior para observar os que nos rodeiam” associado aos festejos de Natal, defendendo a importância de, “pelo menos, alguns, com firmeza, poder e coragem” quererem apostar na inversão do “caminho penoso, com horizonte infeliz” em que vive a Humanidade.
GaCS/AP