Muito importante que PS vença as eleições para o PSD não dar cabo da Lei de Finanças Regionais, defende Carlos César

PS Açores - 29 de janeiro, 2009
O líder do PS/Açores defendeu hoje ser “muito importante” que o partido vença as próximas eleições para a Assembleia da República, de modo a evitar a tentação do PSD de Manuela Ferreira Leite de “dar cabo da Lei de Finanças Regionais”. “É muito importante que o próximo Governo da República seja do PS, porque, se for do PSD, a sua primeira tentação será dar cabo desta Lei de Finanças Regionais e levar o dinheiro dos Açores para a Madeira”, afirmou Carlos César, na cidade da Horta. Carlos César adiantou, ainda, que o partido quer vencer as eleições, que se vão realizar este ano, para as autarquias locais e para a Assembleia da República e garantiu o empenhamento “numa vitória e na reeleição do engenheiro Sócrates para o cargo de Primeiro-Ministro de Portugal”. O presidente do PS/Açores reuniu-se com o grupo parlamentar, presidente da Câmara Municipal da Horta e membros do Governo num encontro de trabalho conjunto para perspectivar o desenvolvimento estrutural da ilha do Faial e “tomar o pulso” a um conjunto de medidas para superar o clima de dificuldades que existe para empresas e famílias dos Açores. “Nós queremos que, com a acção dos socialistas no Governo, nas Autarquias e no Parlamento, seja possível ganhar esta batalha nos Açores de manutenção das empresas e do emprego e de salvaguarda do rendimento disponível das famílias”, salientou o líder do PS/Açores. Anunciou, também, que, a 04 de Fevereiro, será celebrado um protocolo com a banca, que viabilizará a execução de linhas de crédito destinadas às empresas do ponto de vista dos fundos de maneio e de reestruturação das suas dívidas. A 10 de Fevereiro, serão formalizados outros protocolos com a banca relacionados com as linhas de crédito disponibilizadas para o sector agrícola, disse Carlos César, ao adiantar que o Governo está a ultimar os apoios ao escoamento de pescado e ao sector exportador, particularmente a partir das ilhas da Coesão. “Nós também criamos um dispositivo em que vamos adiantar o pagamento dos incentivos e dos subsídios às empresas que tiverem os seus projectos aprovados, evitando, assim, que tivessem de recorrer à banca, numa situação em que é difícil obter crédito que não é ainda barato”, realçou o presidente do PS/Açores. Relativamente às eleições autárquicas, Carlos César anunciou que, este fim-de-semana, o PS/Açores vai reunir o seu Secretariado Regional e a Comissão Regional para, com base nas propostas das diversas estruturas, definir as candidaturas às câmaras municipais presididas pelo partido. “O calendário estipulado foi de, até final deste mês, definir todas as candidaturas do Partido Socialista nas Câmaras que hoje presidimos e, então até final de Fevereiro, definir todas as restantes lideranças nessas candidaturas municipais”, anunciou. “A nossa ambição é vencer, pela primeira vez, as eleições autárquicas nos Açores e estamos muito empenhados nesta batalha eleitoral”, garantiu Carlos César. Quanto às eleições legislativas, o presidente do PS/Açores disse que tem “uma leitura muito positiva” dos deputados socialistas eleitos pela Região, que “têm honrado e defendido os Açores e têm uma projecção nacional muito relevante, ao contrário dos deputados do PSD, que, apenas, fazem requerimentos para prejudicar o Governo dos Açores”. Questionado pelos jornalistas sobre uma proposta da presidente do PSD/Açores relativa ao financiamento da RTP/A, o líder do PS/Açores considerou que se trata de uma “proposta sem substância e sem sentido”. “O que é que interessa estar o financiamento da RTP na Lei de Finanças Regionais, ou na Lei da Televisão, ou na Lei do Orçamento de Estado ou numa lei própria? É apenas um lugar para ter financiamento” para a RTP/Açores, disse Carlos César. Segundo disse, o problema da empresa é estrutural, de definição do seu conteúdo estratégico e da sua inserção no âmbito do serviço público, assim como de maior atenção da sua administração aos seus centros regionais, particularmente ao dos Açores.