O deputado do PS/Açores, José San-Bento, defendeu hoje que o Governo dos Açores está à altura dos desafios com que o Arquipélago se depara e criticou o PSD/Açores por levar “quase cinco meses para apresentar pacotes vazios contra a crise”.
“O PS nos Açores afirma, peremptoriamente e convictamente, que estará, como esteve no passado, à altura dos desafios com que nos deparamos e das dificuldades que afectam vários sectores económicos e sociais das nossas ilhas”, salientou o deputado socialista, que falava no debate das propostas de Plano e Orçamento para 2009.
Segundo disse, os socialistas nos Açores não governam conformados, de braços caídos e rendidos à autocontemplação da obra feita nas ilhas desde 1996.
“Não defendemos a inacção à espera que a crise passe, como defendeu, em Janeiro, a presidente do PSD/Açores, nem levamos quase cinco meses para apresentar pacotes vazios contra a crise”, criticou José San-Bento.
Depois de reconhecer que os “tempos são difíceis”, o deputado do PS/Açores salientou que são, precisamente, “nestes momentos que se destacam os políticos com firmeza de convicções, com espírito de liderança e capacidade de decisão”.
“Quem falha nestes momentos cruciais não tem outra oportunidade, não tem futuro político e não constitui nenhuma alternativa”, afirmou o parlamentar da bancada socialista.
Na Assembleia Legislativa, José San-Bento deixou o repto: “Digam à vossa presidente, senhoras e senhores deputados do PSD, que não há uma segunda oportunidade para causar uma primeira boa impressão”.
Perante os deputados açorianos, o deputado do PS/Açores recordou, ainda, que, com o início do período de governação do PS nos Açores, em 1996, implementou-se uma estratégia de desenvolvimento de longo prazo que “abriu o ciclo de ouro da Autonomia”, primeiro no plano interno e posteriormente ao nível externo.
Defendeu, também, que os objectivos estratégicos e as linhas de actuação do Governo dos Açores estão salvaguardados nos documentos em debate e cuja aprovação constituirá um claro sinal, em tempos difíceis, de responsabilidade e de confiança dos agentes políticos aos agentes económicos e sociais.
“Este sinal – sublinho - é muito importante do ponto de vista do optimismo e da confiança que poderá conter. Veremos, no final dos nossos trabalhos, quais as forças políticas que compreenderam o alcance do momento histórico que se nos depara”, concluiu José San-Bento.
Ouvir excerto da intervenção de José San-bento