O líder parlamentar do PS/Açores afirmou hoje que a intervenção do Governo dos Açores no sector cooperativo e conserveiro de São Jorge assegurou as condições necessárias para garantir a vida económica da ilha durante as próximas décadas.
Hélder Silva falava após ter visitado a fábrica de conservas de Santa Catarina, recentemente adquirida pelo Governo dos Açores, numa intervenção que permitiu manter a laboração e os mais de cem postos de trabalho, assegurados, maioritariamente, por mulheres.
Este foi um dos últimos pontos das II Jornadas Parlamentares do PS/Açores, que levou, durante três dias, os deputados socialistas às ilhas Graciosa e São Jorge, onde constaram, in loco, os efeitos positivos da estratégia do Governo de Carlos César para as chamadas “ilhas da coesão”.
Em São Jorge, o Grupo Parlamentar teve, também, oportunidade de visitar duas novas fábricas de produção de queijo de São Jorge, recentemente inauguradas, na sequência da reestruturação do sector cooperativo da ilha.
“É muito bom apreciar, no caso da fábrica de Santa Catarina, graças à intervenção directa do Governo dos Açores, foi possível assegurar a manutenção dos cerca de 110 postos de trabalho”, adiantou Hélder Silva.
Segundo disse, tanto ao nível da indústria conserveira, como ao nível da produção de queijo, as unidades fabris de São Jorge estão a “laborar melhores produtos, que têm uma imagem muito reforçada e que são conhecidos, também, fora da região”.
“Todos estes pilares, do ponto de vista económico e social, estão vivos e reforçados e garantirão a vida económica desta ilha para as próximas décadas”, preconizou o presidente do Grupo Parlamentar socialista na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Uma garantia de sucesso que contrasta com o que se “passou em outros pontos da Europa e mesmo do país, onde fábricas como esta foram preteridas por intervenções de governos no mundo financeiro, deixando, paralelamente, fechar o que são unidades importantes do ponto de vista da sobrevivência económica e social das comunidades onde se inserem”, disse
“Nós queremos as nossas ilhas e as nossas comunidades vivas e isso está hoje garantido”, realçou Hélder Silva, para quem o Governo dos Açores actuou sempre “coerência” nas suas intervenções na ilha de São Jorge.
Segundo disse, “os Governos servem para intervir quando é preciso e apoiarem as empresas”.
Outro dos pontos altos das Jornadas Parlamentares foi o debate sobre Agricultura, uma oportunidade para Luís Paulo Alves, candidato do PS/Açores ao Parlamento Europeu, defender que “São Jorge será uma das ilhas menos afectadas pelo eventual desmantelamento do regime comunitário de quotas de produção de leite, uma vez que apresenta um produto de grande qualidade (queijo de São Jorge) que não têm concorrência nos mercados”.
“Esta fileira está mais protegida porque tem um produto de excelência que não se confunde com outros produtos e, deste ponto de vista, está a atravessar um percurso de qualificação”, disse Luís Paulo Alves.
De acordo com o candidato socialista ao hemiciclo de Estrasburgo, São Jorge dispõe, actualmente, de indústrias com outra qualidade de produção, com uma comercialização com outra organização, com boa logística e capacidade negocial e que poderá ser alargar os outros mercados.