O líder do Grupo Parlamentar do PS/Açores defendeu, hoje, que todos os partidos políticos são responsáveis pela elevada abstenção verificada nas eleições para o Parlamento Europeu, alegando que este fenómeno é um “flagelo para a democracia”.
“Nesse momento, tenho de apresentar, ainda mais firmemente, a nossa preocupação com o verdadeiro flagelo para a democracia, quando se assiste a níveis de abstenção perto dos 80 por cento”, salientou Hélder Silva, no plenário que está a decorrer na cidade da Horta.
Segundo Hélder Silva, para quem os açorianos continuam a ver a Europa como algo distante, é “gravíssimo” que se assista a que apenas “dois em cada dez açorianos decidam os nossos destinos políticos”.
“Todos nós somos responsáveis por este nível de abstenção e temos de trabalhar no sentido de resolver essa situação”, disse o presidente do Grupo Parlamentar socialista, ao salientar ser fundamental que se recentre o debate político, mas também dizer, com muita clareza, que os cidadãos são responsáveis por esta situação desta abstenção.
Perante os deputados açorianos, Hélder Silva assegurou que o PS/Açores vai, agora, “trabalhar para ganhar as próximas, na certeza que cada eleição é uma eleição, o povo esse é sempre soberano”.
“Os açorianos habituaram-se a assistir ao nosso respeito pelas suas opções e escolhas sempre e em todas as circunstâncias”, afirmou o líder parlamentar do PS/Açores, ao reconhecer que o “PSD ganhou as eleições o PS perdeu”.
Hélder Silva não deixou, ainda, de referir que se tratou de uma campanha centrada numa “agenda nacional e, sobretudo, num conjunto de fait-divers que podem interessar a alguns partidos, mas que, muito claramente, não interessam ao PS, e mais, não devem interessar à política”.
No início dos trabalhos parlamentares, o presidente da bancada do PS realçou, ainda, que o PSD/Açores se esqueceu de mostrar a quebra que teve entre as eleições europeias, uma “conta que não é fácil porque concorreu, em coligação, com o CDS/PP”.
“Dessa coligação para aqueles que foram os resultados eleitorais que tiveram nestas eleições, perderam mais de quatro mil votos, um número relevante e significativo”, disse.
Hélder Silva criticou, também, a suposta “onda gigante de vitória” reclamada pelo PSD, da qual “já oiço falar há 13 anos” sem efeitos práticos.