Nélia Amaral destaca eficácia da economia solidária

PS Açores - 11 de julho, 2009
A deputada do PS/Açores, Nélia Amaral, defendeu que a Economia Solidária, que envolve nos Açores mais de centena e meia de trabalhadores, constitui uma metodologia de eficácia comprovada e cientificamente fundamentada. “Existem hoje, na Região, 17 empresas de Inserção Social, dispersas por várias ilhas, com um total de 41 valências, que empregam 154 trabalhadores e têm 335 pessoas em formação”, explicou a parlamentar socialista, numa intervenção na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. O movimento denominado de Economia Solidária é exemplo da procura de soluções alternativas e tem vindo a afirmar-se como área de intervenção económica e social, cujo potencial é hoje reconhecido um pouco por todo o mundo, da Europa aos Estados Unidos e Canadá, passando pela América Latina. Segundo Nélia Amaral, a Economia Solidária não será remédio para todos os males sociais, no entanto, apresenta-se “como metodologia de intervenção cientificamente fundamentada, de aplicabilidade prática internacionalmente validade e de eficácia comprovada”. Perante os deputados açorianos, a deputada do PS/Açores alertou que todos têm de deixar de pensar na pobreza como inevitável e algo que deve ou pode ser escondido, alegando a necessidade de todos deixarem de “sentir pena, indiferença ou repulsa pelas pessoas em situação de exclusão”. “Importa aqui salientar que, apesar de hoje haver um maior consenso sobre a natureza multi-factorial dos problemas sociais, continuam a verificar-se diferenças significativas na forma como nos posicionamos perante estes”, salientou Nélia Amaral. Perante uma situação de crise económica globalizada, com reconhecidos impactos sociais que assumem particular relevância junto dos grupos mais desfavorecidos, “considero particularmente graves declarações proferidas por figuras públicas, formadoras de opinião, detentoras de poder e agentes de intervenção económica, social e política porquanto reveladoras de um posicionamento que, sob pretexto da “crise”, só poderá contribuir para o agravamento da exclusão social de uma faixa significativa da população”, alertou a parlamentar socialista.