O líder do PS/Açores afirmou, sexta-feira à noite, que o voto no Partido Socialista nas eleições autárquicas garante a união de esforços entre as câmaras municipais e o Governo Regional e evita as “guerras e vinganças” do PSD que não resolvem os problemas dos açorianos.
“Votar no PS, a 11 de Outubro, é dizer “Sim” à união de esforços e “Não” às guerras e vinganças que o PSD traz para as câmaras municipais e juntas de freguesia contra o Governo Regional, que não servem as pessoas, as freguesias e os concelhos e que não resolvem quaisquer problemas”, salientou Carlos César, na Ribeira Grande.
O presidente dos socialistas açorianos falava na apresentação da recandidatura Ricardo Silva à Câmara Municipal do Norte da Ilha de São Miguel, um autarca que considerou ser “determinado, competente, corajoso e até teimoso no bom sentido”.
Perante uma sala cheia do Teatro Ribeiragrandense, Carlos César apelou a todos os açorianos para votarem nas eleições autárquicas, assim como nas legislativas de 27 de Setembro, alegando que “não devemos por em perigo o nosso futuro”.
“Se nós pensarmos, em primeiro lugar, nos açorianos e nos Açores eu tenho a certeza que, em primeiro lugar, pensaremos que o melhor é votar no Partido Socialista”, afirmou o líder do PS/Açores, ao assegurar que o “PSD traz estas guerras para acrescentar problemas aos problemas que nós já temos e, nós, o que devemos acrescentar é soluções e votar no PS”.
Referindo-se também às eleições para a Assembleia da República, Carlos César salientou ser importante votar no PS, para se dizer, de “consciência tranquila e orgulhosos do que vimos, ouvimos e sentimos, sim ao Governo de José Sócrates, que nos ajudou e defendeu e dizer não àqueles que nunca nos defenderam e agrediram no passado”.
“Votar no PS é votar em quem defendeu o nosso Estatuto da Autonomia contra os outros quase todos e em quem defendeu os recursos financeiros para os Açores, contra a opinião do PSD, que, agora, se esfarrapa a dizer que não foi bem assim”, afirmou.
Segundo disse, José Sócrates tem a “grande qualidade de ter sido corajoso e de ter utilizado essa coragem para defender os Açores, os açorianos e o Governo da nossa terra”.
Autarcas devem respeitar os cidadãos
No seu discurso, Carlos César adiantou, ainda, que o compromisso socialista nestas eleições autárquicas passa por os autarcas cumprirem o que prometem, de respeitarem os cidadãos, de ouvirem os seus anseios e de colocarem o interesse público acima do interesse pessoal ou partidário.
Além disso, têm de “fomentar o progresso, de rejeitar o favoritismo ou o facilitismo ou de exercerem funções – e esse é um compromisso socialista muito exigente – com uma honestidade irrepreensível, honrando o património do PS que, em 13 anos de governação nos Açores, nunca teve qualquer caso ou suspeita de corrupção na Administração Regional”, realçou o líder do PS/Açores.
“É isso que pedimos aos nossos candidatos nas eleições autárquicas. Neste tempo que vivemos, a exigência de políticas e de políticos é cada vez maior”, defendeu Carlos César, para quem os candidatos socialistas têm de ser “muito sensíveis e compreender o dia-a-dia das pessoas e as dificuldades na gestão das empresas e têm de se tornar mais úteis e humildes para compreender melhor e não desperdiçar, por má gestão ou por exibicionismo, os recursos públicos que estão ao ser alcance e que devem ser afectos de forma rigorosa e reprodutiva”.
Trabalhar para construir a confiança
Para Carlos César, os sinais de retoma económica, que podem significar uma inversão na crise internacional, obrigam a que “todos tenham de trabalhar para construir a confiança, que é a chave da recuperação”.
“Também os nossos autarcas são chamados para essa mobilização dos açorianos a favor da rápida superação dos efeitos nos Açores da crise económica e financeira internacional”, realçou.
Assegurou, assim, que os Açores têm de continuar a ter um elevado investimento público, por parte das administrações regional e central, mas alertou que “não podemos ficar eternamente prisioneiros desta necessidade”, uma vez que é preciso reorienta-lo para ser útil às empresas privadas, para fomentar os pequenos negócios e pequenas economias e para mobilizar os agentes regionais e locais.
“Todos, responsavelmente, com a nossa palavra e a nossa acção, temos de contribuir para o crescimento e para o sucesso dos Açores. Os socialistas têm, por isso, de puxar a confiança e a economia açoriana para cima, já que a oposição só espalha desilusão e só puxa os Açores para baixo”, afirmou Carlos César.
Salientou, ainda, que a mudança que se verifica na Ribeira Grande se deve à gestão do PS na Câmara Municipal e, sem dúvida, à sua capacidade de colaboração e de fomento de sinergias com o Governo Regional, provada com a capacidade de trabalho e de liderança de Ricardo Silva.
“A Ribeira Grande tem sorte porque tem um presidente de câmara determinado, competente, corajoso e até teimoso no bom sentido. Não é a teimosia arrogante de certos políticos que não toleram que alguém lhes aponte o dedo, mas a teimosia perseverante de quem persegue os problemas até encontrar a sua solução”, disse.
Para o presidente do PS/Açores, a Ribeira Grande conquistou uma nova centralidade com o desenvolvimento do projecto rodoviário das SCUT, que une os extremos de São Miguel, e uma nova modernidade, com empreendimentos como o Passeio Atlântico.
Reafirmou que a cidade vai ser uma referenciação cultural, com a construção, já no próximo ano, do Centro de Arte Contemporânea, um projecto de mais de 10 milhões de euros e destacou, ainda, os vários investimentos de 40 milhões de euros em escolas no concelho.
Anunciou, também, que o Governo Regional está estudar um projecto, cujo concurso público de concessão será em breve lançado, e que permitirá a retoma de uma produção industrial emblemática da Ribeira Grande - a Água das Lombadas.
“Como estamos no bom caminho, temos de ir para frente com a Ribeira Grande e ir à procura da vitória para vencer os problemas e os desafios, para tornar este concelho o motor do desenvolvimento económico e social da ilha de São Miguel, porque tem dimensão e qualificação para isso”, assegurou Carlos César.