O cabeça-de-lista do PS/Açores às eleições legislativas defendeu hoje que o PSD/Açores “tem muita dificuldade” em justificar as acções de Manuel Ferreira Leite, como ficou claro com o processo da suspensão da transferência de 20 milhões de euros para a reconstrução das ilhas do Faial e do Pico.
“Fica claro que houve uma revogação por parte de Manuela Ferreira Leite do despacho do engenheiro Guterres, que o PS diz a verdade e que o PSD tem muita dificuldade em justificar as acções de Manuela Ferreira Leite”, adiantou Ricardo Rodrigues, em declarações aos jornalistas.
O candidato do PS/Açores reafirmou, ainda, que o despacho de 20 milhões de euros do engenheiro Guterres foi, efectivamente, revogado pela drª Manuela Ferreira Leite, facto revelado por um próprio comunicado recente do PSD/Açores.
“Tive oportunidade de dizer que, se o despacho era ilegal, era uma questão de forma, que seria resolvida tornando-o legal, para que os Açores pudessem receber essa quantia”, explicou Ricardo Rodrigues, na vila da Lagoa.
Depois de ter visitado a creche “Girassol”, o cabeça-de-lista socialista adiantou que a reconstrução tem as suas contas feitas, nas quais é possível verificar que mais de 70 por cento do investimento financeiro foi proveniente de receitas dos Açores.
“O Governos da República, quer sejam do PS ou do PSD, transferiram menos de 30 por cento para a ajuda a uma calamidade que atingiu proporções enormes nas ilhas do Faial e Pico”, adiantou Ricardo Rodrigues.
Segundo disse, convinha, assim, que o PSD/Açores demonstrasse onde foi buscar os números que referem que a “Manuela Ferreira Leite tinha feito um despacho de 60 por cento”.
Para o candidato do PS/Açores, estes períodos pré-eleitorais servem para esclarecer os eleitores. “Nós não estamos a atacar ninguém pessoalmente, estamos a revelar factos para que os açorianos possam escolher em consciência”, entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite, salientou.
Durante a visita à creche no concelho da Lagoa, Ricardo Rodrigues realçou que o Governo de José Sócrates, nesta legislatura, teve oportunidade de inovar nos apoios às famílias, desde logo com o subsídio de apoio às grávidas (natalidade), mas também com o novo complemento para as famílias numerosos, duplicação do abono de família como apoio à Educação e o complemento para famílias com crianças com problemas especiais.
“Foram quatro novos apoios que o Governo da República veio dar e contribuir para que as famílias possam ter uma melhor sustentação e que, em alguns casos, são significativos para as famílias com maiores dificuldades”, disse.