O cabeça-de-lista do PS/Açores às eleições legislativas manifestou hoje a sua estranheza pela satisfação do PSD/Açores com o Programa Eleitoral social-democrata, uma vez que o documento constitui “uma mão cheia de nada” em relação à região autónoma.
“Espanta-me muito que o PSD/Açores esteja muito satisfeito com o programa eleitoral do PSD, que é uma mão cheia de nada, já que não tem uma única coisa concreta para os Açores”, afirmou Ricardo Rodrigues, depois de ter visitado a esquadra da PSP da Ribeira Grande.
Segundo o candidato socialista, o documento do PSD alega que quer, agora, o aprofundamento da Autonomia, “quando, na última legislatura, este aprofundamento foi o PSD requerer a inconstitucionalidade de normas do Estatuto Político-Administrativo” dos Açores.
Ricardo Rodrigues referiu-se, ainda, ao “desastre que é a proposta” prevista no Programa do PSD sobre a Lei das Finanças Regionais, que “quer discriminar negativamente os Açores” em relação à Madeira, apesar da insularidade açoriana ser muito mais acentuada.
“Parece impossível que o drº Alberto João Jardim não perceba a diferença entre a Madeira e os Açores, não perceba que a distância entre as ilhas dos Açores é de 600 quilómetros e que a distância entre as únicas duas ilhas da Madeira é de 40 quilómetros”, afirmou Ricardo Rodrigues aos jornalistas.
Estruturalmente, os Açores uma região diferente da Madeira, realçou o candidato do PS/Açores, ao manifestar-se, também, admirado “como é que a Berta Cabral está tão satisfeita com o programa eleitoral do PSD. É, de facto, lastimável”.
PSP da Ribeira Grande: Problema resolvido
Ricardo Rodrigues falava depois de ter visitado a esquadra da PSP da Ribeira Grande, uma oportunidade que serviu para conhecer, ao pormenor, o projecto das novas instalações para a polícia na cidade da ilha de São Miguel.
“Este é mais uma problema resolvido pelo Governo de José Sócrates”, disse Ricardo Rodrigues, ao anunciar que o acordo entre o “Governo de José Sócrates e a Câmara Municipal da Ribeira Grande permitiu já que o projecto de exeução desta obra seja uma realidade e que, até ao fim deste ano, seja lançado o concurso”.
Trata-se de um investimento de cerca de dois milhões de euros, com uma execução da obra prevista de um ano e que será administrada pela Câmara Municipal liderada por Ricardo Silva.
“É com satisfação que, estando cá há quatro anos, hoje posso ver que o problema está resolvido. É sempre bom quando um político pode dar conta dos resultados”, concluiu Ricardo Rodrigues.