O líder do PS/Açores, Carlos César, garantiu hoje que a preocupação do Partido Socialista passa por projectar medidas para 2010 e manifestou-se convicto que será possível, no arquipélago, encetar uma recuperação do desemprego já no próximo ano.
“A preocupação do PS é a de, conferindo um conjunto de medidas tomadas pelo Governo e os seus efeitos, relativamente à superação da actual crise económica e social, projectar o ano de 2010”, adiantou Carlos César aos jornalistas, em Ponta Delgada.
O Presidente do PS/Açores falava à entrada de uma reunião do Secretariado Regional, cuja agenda incluiu a análise da situação política, agendamento do calendário eleitoral, bem como outras questões relativas à preparação do XIV Congresso do PS/Açores.
“Nós verificamos que a diversos níveis, designadamente em alguns segmentos da actividade económica, o resultado de algumas destas medidas tem sido muito positivo e estimamos que, em 2010, já exista, também, uma recuperação da situação ao nível do desemprego”, salientou Carlos César.
Segundo disse, embora a população empregada tenha crescido significativamente nos Açores, a “verdade é que tivemos, também, por via do crescimento da população activa e da legalização de muitos trabalhadores provenientes da construção civil, um aumento na taxa de desemprego, embora mantendo-se a mais pequena de todo o país”.
“Essa situação é socialmente preocupante e, por isso, as nossas preocupações nesta reunião são as de, sobretudo, elencar um conjunto de medidas e recomendá-las na nossa acção governativa para se criar mais emprego e aumentar a remuneração média do trabalho em 2010”, afirmou o líder do PS nos Açores.
Questionado sobre a proposta da Madeira de Lei das Finanças Regionais, Carlos César salientou que “felizmente que o PS, em devido tempo, alertou para o seu o significado”, alegando que o PSD, nos Açores, “já estava como um empregado de mesa do PSD da Madeira, pronto para apoiar, logo a dizer que sim”.
“Se não fosse a intervenção do Partido Socialista, a questão não se tinha colocado como se colocou na Assembleia da República, ou seja, suspendendo a votação desta Lei, graças ao alerta que fizemos a partir dos Açores”, afirmou Carlos César.
“E graças, sobretudo, à posição que quer o Partido Socialista, quer o Partido Popular, tiveram na Assembleia da República, em consonância e coerência com os seus partidos na Região Autónoma dos Açores, ao contrário do PCP e do PSD que, a nível nacional, não ligaram nada às suas estruturas açorianas”, disse.
Relativamente ao Congresso Regional do PS/Açores, que vai decorrer em Fevereiro, na ilha Terceira, Carlos César salientou que vai centrar-se nos Açores e “não no umbigo partidário”.
“Estamos numa fase difícil em todo o Mundo, e também difícil nos Açores, e os nossos congressos apelam à nossa criatividade, inovação, ao sentido de açorianidade e à nossa paixão pelos Açores e pelos seus projectos de desenvolvimento e é sobre isso que discutimos vivamente e que construímos o nosso projecto partidário”, concluiu Carlos César.