Carlos César defendeu, este sábado, que o PS/Açores deve trabalhar no sentido de continuar a ser o “partido mais açoriano” ao serviço da Região, alegando que este objectivo deve ser cumprido através de uma maior aproximação às pessoas.
“O Partido Socialista deve continuar a ser o partido menos partidário possível e o partido mais açoriano que pode estar ao alcance de açorianos de coração e de espírito”, afirmou o líder do PS/Açores, na apresentação da Moção de Orientação Política Global “Um Novo Ciclo de Reformas para Uma Região Sustentável e uma Autonomia Segura”.
Este é o documento que está hoje em debate no Congresso Regional do PS/Açores, que junta, até domingo, cerca de 300 delegados de todas as ilhas em Angra do Heroísmo, Ilha Terceira.
Na sua intervenção, Carlos César salientou que este Congresso deve servir para “continuar a renovação do partido como acto que lhe é natural, concitando pessoas novas e novos sectores participantes”.
“Vejo o PS como um partido plural de base socialista e não um partido socialista de base dogmática. Somos, por isso, um local de encontro e de procura de soluções e não de dogmatismos ou de ocupações que são ociosas”, afirmou o Presidente do PS/Açores, reeleito para um novo mandato nas directas que se realizaram no final de Janeiro.
Perante os congressistas, Carlos César salientou que este é o primeiro Congresso após a vitória nas eleições regionais de 2008, nas legislativas nacionais e nas autárquicas, e deve ser, também, o “primeiro em que se começa a preparar, com um novo ímpeto reformista, a vitória que merecemos nas eleições regionais de 2012”.
“A forma de creditar melhor a política é, exactamente, os partidos políticos se aproximarem e se confundirem, com a genuidade, com seriedade e rigor, com a sociedade a que se destinam e de onde provêem”, afirmou o líder dos PS/Açores, para quem o PS tem a obrigação de estar mais próximo dos açorianos, de representar, em permanência e com maior rigor, o sentir do povo açoriano.
“Quanto mais perto nós estivermos dos açorianos - quanto mais perto todos os partidos puderem sentir os anseios e aspirações dos açorianos - também mais perto estaremos de outra excelência e de outro vigor da nossa democracia”, disse.
Segundo referiu, o PS/Açores tem, naturalmente, a obrigação de fazer o esforço: “Não sermos, apenas, um grupo de açorianos. De ser açorianos que trabalham para todos os grupos, para todas as ilhas, para todas as pessoas”.
Na apresentação da moção subscrita por outros 40 militantes, Carlos César disse, ainda, ter a consciência que a governação é feita de sucessos, de alegrias e de aspectos que correm muito bem, mas, também, de aspectos menos positivos, às vezes de desilusões.
“As nossas vidas também são assim e os governos, como todas as instituições democráticas, são forças vivas”, afirmou.
“Não tenho receio de dizer hoje, neste Congresso e perante todos os açorianos, que, nos mais variados campos das políticas autonómicas, o que fizemos pelos Açores e nos Açores, nestes últimos 13 anos, fica à frente do que se fez nos 20 anos anteriores, apesar desta fase mais difícil que se atravessa, como em todo o mundo”, destacou o Presidente do PS/Açores.
Apesar das conquistas da governação socialista, Carlos César reafirmou que os socialistas “nunca deverão estar totalmente satisfeitos com o que já fizeram, porque sabem que, só deste modo, serão merecedores e capazes de ganhar no futuro”.
Perante os cerca de 300 delgados, o líder dos socialistas açorianos realçou que o “grande desafio do PS, no Governo e nas Autarquias, como na sua presença no pulsar açoriano, é o de liderar, com sucesso, a saída desta crise, que chegou mais tarde e, felizmente, com menos força”.
Agora – alegou - é necessário “sair dela mais cedo, ajudar quem mais precisa por causa da situação criada, ajudando a recuperar empresas uma a uma, dando novas oportunidades para vencerem, reforçando os apoios sociais às famílias que perderam empregos ou rendimentos e iniciar um novo ciclo para retomarmos o caminho positivo de crescimento que estávamos a fazer”.