• Os deputados do PS eleitos pela Ilha Graciosa repudiam a constante utilização, por parte do PSD, de dados oficiais para denegrir a realidade da Ilha, não se coibindo de deturpar as informações oficiais prestadas com objectivos meramente partidários.
• O requerimento enviado à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, a 22 de Julho de 2010, pelo deputado do PSD João Bruto da Costa é mais um episódio que confirma este comportamento desviante social-democrata.
• Utilizando os dados disponibilizados pelo Governo Regional dos Açores, o deputado em causa faz uma leitura totalmente desenquadrada da realidade socioeconómica da Ilha Graciosa, recorrendo às informações fornecidas de forma sempre desenquadrada, sempre na perspectiva de menorizar o trabalho desenvolvido pelas entidades oficiais na área social.
• Em primeiro lugar, os deputados do PS eleitos pela Graciosa destacam a transparência do Governo Regional dos Açores neste processo, que não se escudou em responder, pormenorizadamente, ao requerimento inicial da bancada social-democrata.
• Em segundo lugar, importa repor a verdade dos factos por uma razão muito simples: Os Graciosenses não devem ser enganados pelas leituras enviesadas do PSD, que mais não quer do que dar espaço à confusão.
• Sendo assim, importa esclarecer que o número de desempregados inscritos na Agência para a Qualificação e Emprego residentes na Graciosa, a 30 de Janeiro de 2010, era de 129, mas apenas 10 por cento à procura do primeiro emprego.
• A cegueira política do PSD, materializada no senhor deputado João Bruto da Costa, impede que este partido reconheça que, em 1996, existiam 219 desempregados na Graciosa e que, naquela altura, o número de desempregados inscritos há mais de um ano era de 62 por cento, contra os 29 por cento actuais.
• Acresce dizer que, no tempo da governação do PSD, os números eram piores num período económico mais benéfico e que, agora, os dados reais são mais favoráveis, apesar de os Açores estarem a sofrer os efeitos de uma crise económica mundial sem paralelo nas últimas décadas.
• Importa, por isso, perguntar onde estava a preocupação do senhor deputado João Bruto da Costa com os desempregados da Graciosa em 1996, quando a ilha assistia a um marasmo lento, traduzido nos números do desemprego de então.
• Relativamente ao Rendimento Social de Inserção, a verdade deveria ter obrigado o senhor deputado do PSD a referir que a Graciosa passou de um máximo de 684 beneficiários em 1999 para os 304 em Junho deste ano.
• Além disso, se o senhor deputados quisesse ser honesto politicamente não poderia ter omitido que, cumulativamente, entre Janeiro de 2003 e o mesmo mês de 2010, verificou-se um total de 561 beneficiários cessados, 156 dos quais porque houve uma alteração dos seus rendimentos.
• É por tudo isso que os deputados do PS/Açores eleitos pela Graciosa consideram que as posições do senhor deputado João Bruto da Costa, expressas num requerimento, apenas se explicam como um devaneio próprio da época estival que se vive.
• Só mesmo assim se explica que o senhor deputado até ponha em causa a utilidade dos fundos recebidos pelos Açores da União Europeia.
• Só mesmo a cegueira partidária que sofre o senhor deputado o impede de ver a boa correcta utilização destes fundos, reconhecida até pelo seu anterior líder e actual Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
• Bastava ao senhor deputado do PSD sair à rua e ver o novo porto de pesca, o novo porto comercial, a escola da ilha, o novo hotel e a nova aerogare, entre muitos outros investimentos, para constatar que estes fundos foram preciosos para a Graciosa, no âmbito de uma verdadeira política de coesão desenvolvida pelos governos do Partido Socialista.
Santa Cruz da Graciosa, 26 de Julho de 2010.
Os deputados,
José Ávila
Vera Bettencourt