A Comissão Permanente do PS/Açores rejeita, liminarmente, as acusações do Administrador do jornal Diário dos Açores de que o Governo Regional dos Açores cometeu qualquer “ilegalidade” ou favorecimento no processo de atribuição de uma bolsa a um filho de um membro do Governo.
O PS/Açores reafirma que o que está em causa é que o Diário dos Açores publicou, recentemente, mentiras sobre uma suposta nomeação de um filho de um ex-governante, apenas e só, porque tinham sobrenomes idênticos, nunca se retratando como devia por ter tentado, deliberadamente, enganar os leitores e nunca pedindo as devidas desculpas aos visados.
Além disso, o mesmo jornal publicou informações, novamente incorrectas, ao noticiar que “Técnicos da DREPA vão receber mais 30% por funções que já lhe competem”, quando na verdade estes técnicos viram essa retribuição complementar, criada em 1994, reduzida em 20 por cento.
Estes são dois casos concretos e objectivos de falta de rigor jornalístico, que demonstram até motivações duvidosas do jornal em causa, que esqueceu por completo o Código Deontológico dos Jornalistas, o qual no ponto 1 refere: “O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público”.
Este jornal, nestes dois casos em concreto, actuou como não estivesse obrigado ao cumprimento deste Código, nomeadamente no que se refere ao ponto 2: “O jornalista deve combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o plágio como graves faltas profissionais”.
Em bom rigor, mesmo depois de ter publicado informações incorrectas, o jornal nunca cumpriu o ponto 5 do Código em causa: “o jornalista deve assumir a responsabilidade por todos os seus trabalhos e actos profissionais, assim como promover a pronta rectificação das informações que se revelem inexactas ou falsas”.
Numa Democracia e em liberdade de expressão, os jornalistas podem criticar os governos, mas não podem estar acima da crítica e do escrutínio do seu trabalho.