A deputada do PS/Açores, Piedade Lalanda, assegurou hoje que o Governo Regional dá garantias de que é possível manter o processo de crescimento económico e, ao mesmo tempo, a coesão social dos Açores, minimizando os efeitos restritivos da crise nacional.
“É possível e é um imperativo actual considerar a dimensão social do desenvolvimento, se queremos garantir uma melhoria da actividade económica da Região”, afirmou a parlamentar socialista, numa intervenção no debate do Plano e Orçamento para 2011.
Segundo Piedade Lalanda, ligar as políticas económicas às sociais é um desafio difícil e alguns até poderão julgar incompatível, mas que este Plano de Investimentos para o próximo ano confirma ser possível.
É importante recordar que a coesão social é uma das linhas orientadoras do programa eleitoral do PS/Açores, “quando aposta no combate à desertificação, no reforço de uma política social integrada e elege como estratégia de desenvolvimento, o incremento da formação, da qualificação, do emprego e a melhoria das condições habitacionais dos cidadãos”, afirmou.
No segundo dia do debate dos documentos apresentados pelo Governo Regional, a deputada do PS/Açores considerou, ainda, que se está perante um Plano estratégico que tem em conta a conjuntura actual.
Em alternativa, ao PSD faltou visão, garantiu Piedade Lalanda, para quem o maior partido da oposição limitou-se a “chover no molhado” quando anunciou que iria reivindicar, sem quantificar, o “reforço do apoio às famílias”, através do aumento do complemento regional de pensão e do abono de família, medidas implementadas pelos Governos do Partido Socialista, cujo reforço já tinha sido anunciado e que está previsto neste Plano para 2011.
“O PSD dramatiza recorrendo, sistematicamente, aos números do desemprego e dos beneficiários do RSI, mas não sabe propor medidas inovadoras de apoio a essas famílias mais desprotegidas que, em contexto de crise, provavelmente, irão atravessar maiores dificuldades”, disse a parlamentar socialista, perante os deputados açorianos.
A concluir, Piedade Lalanda salientou, também, que os açorianos não podem deixar de olhar para a autarquia de Ponta Delgada como um “laboratório político” onde, supostamente, a actual líder do PSD concretiza ou se aproxima do modelo de governação que diz defender.
“Infelizmente, em matéria de políticas sociais, é um muito mau exemplo, porque a intervenção social não é uma prioridade de acção do executivo”, afirmou.