Na sequência de uma visita de trabalho à Freguesia da Ajuda da Bretanha, realizada no passado Sábado, os Vereadores eleitos pelo PS na Câmara de Ponta Delgada denunciaram hoje, em reunião do executivo camarário, existirem “situações de abandono e de incúria inaceitáveis na freguesia da Ajuda da Bretanha que representam uma realidade de dupla insularidade no maior concelho da Região”.
Os vereadores do PS deram como exemplo “três ruas com várias habitações permanentes com piso ainda em terra e em condições muito degradadas”. Os socialistas relembram que “já houve diversos compromissos por parte da Câmara em resolver estes casos mas infelizmente, ano após ano, mantém-se tudo na mesma” adiantando ainda que “se tratam de situações inaceitáveis em pleno Século XXI”.
Os socialistas denunciaram também o “escândalo que actualmente constitui a Urbanização dos Milagres que conta, há ano e meio, com onze habitações T3 de custos controlados, promovidas pela Câmara, vazias por falta de compradores”. Os Vereadores socialistas relembram que “na localidade existem muitos casos de habitação degradada e de realojamentos por resolver mas a Presidente teima não proceder a realojamentos de casos gravíssimos, preferindo atirar as responsabilidades para cima do Governo”.
Perante esta situação os Vereadores do PS consideram que “a Câmara tem a obrigação política de arranjar uma solução para este ‘bairro fantasma’. Depois de ceder o terreno para a construção do empreendimento e da festança da inauguração, em plena campanha eleitoral, resta à Presidente da Câmara comprar estas habitações e realojar onze famílias carenciadas do Concelho com base num regime de rendas resolúveis. A Dr.ª. Berta Cabral tem a obrigação de resolver os problemas que ela própria criou!”
Os Vereadores do PS manifestaram ainda preocupação “com os cortes drásticos, superiores a 50%, das transferências financeiras da Câmara para as Juntas de Freguesias do Concelho, o que está a estrangular a acção destas autarquias”.
Para os Vereadores do PS “é necessário um novo compromisso para a coesão em Ponta Delgada, o que não representa necessariamente mais despesa mas sim melhor despesa e maior sentido de justiça na distribuição territorial dos investimentos e dos apoios municipais”.