O deputado do PS/Açores, José do Rego, destacou hoje os cerca de 250 milhões de euros que os governos regionais socialistas já investiram nas pescas, um sector que tem hoje condições de trabalho e rendimento muito superiores às verificadas no passado.
Segundo o parlamentar socialista, o Bloco de Esquerda considera que as Pescas é “um dos sectores mais mal acarinhados na Região”, mas nunca faz a avaliação concreta e objectiva de todas as medidas que foram implementadas de apoio aos pescadores regionais.
“O Bloco de Esquerda deve prestar atenção e atender, medida a medida, à evolução que as Pescas tiveram na região”, alertou José do Rego, que garantiu ainda que, recentemente, não foi deitado peixe na lixeira de São Miguel, como foi noticiado.
Ao invés do que indicam as notícias, este pescado, designadamente chicharro, não vai para a lixeira, mas sim para uma fábrica para ser transformado em farinhas.
Numa interpelação sobre Pescas no primeiro dia do plenário de Março, José do Rego salientou, também, que alguma oposição apresenta posições contraditórias, caso do PSD/Açores que defendia, há poucos anos, que se pescasse dentro das três milhas na ilha de São Miguel.
José do Rego lembrou que a bancada do PS/Açores, pelo contrário, sempre defendeu a sustentabilidade dos recursos, para proteger a actividade dos pescadores açorianos, através da adopção de medidas preventivas tomadas no devido tempo.
No debate parlamentar, o deputado socialista lembrou que, desde 1997 até 2008, foram investidos cerca de 200 milhões de euros na Pesca. Se se juntar os 50 milhões investidos em 2009 e 2010, chega-se a um montante de 250 milhões de euros para este sector, disse.
“Nunca antes se investiu tanto nas Pescas como neste período”, disse José do Rego, para quem este investimento foi muito significativo em portos, mas também em outras infra-estruturas.
Foram disponibilizados apoios de 12,4 milhões de euros à indústria conserveira, fundamental para a criação de emprego em algumas ilhas, e mais 26 milhões de apoios à frota regional, hoje mais segura e com boas condições de trabalho a bordo.
Sobre o FundoPesca, José do Rego adiantou que já foram atribuídos cerca de quatro milhões de euros aos pescadores nos últimos anos, a que se juntam mais 400 mil euros accionados mais recentemente para compensar o mau tempo dos últimos meses.
“Há que não fazer demagogia com a realidade”, alertou José do Rego, que criticou a postura do PSD e do BE que querem fazer crer que o FundoPesca deve ser visto com uma espécie de subsídio de Natal, quando, na verdade, se destina a compensar os pescadores açorianos pela impossibilidade de exercerem a actividade devido ao mau tempo.