O Presidente do PS/Açores, Carlos César, manifestou-se hoje “orgulhoso” na lista de candidatos à Assembleia da República às eleições de 05 de Junho, que reflecte a renovação constante que o Partido Socialista procura na sua acção.
“Estou muito orgulhoso que o Partido Socialista apresente esta lista e que seja o primeiro partido nos Açores a aprovar a sua lista de candidatos completa”, afirmou o Presidente do PS/Açores aos jornalistas, na cidade da Horta.
À excepção do cabeça-de-lista, as restantes nove pessoas são candidatas pela primeira vez à Assembleia da República, adiantou Carlos César, para quem esta renovação representa o que o PS/Açores tem procurado muito na sociedade açoriana.
“Que o Partido Socialista seja o primeiro representante deste movimento de renovação, de acesso à juventude, que traga novas pessoas para a política, que reporte novas ideias e mais inovação e criatividade”, defendeu.
“Tenho dito muitas vezes no interior do PS que, se não nos mudarmos a nós próprios, acabarão por nos mudar e, por isso, devemos sempre antecipar, percebendo o que de diferente vai acontecendo na sociedade açoriana”, disse Carlos César, ao salientar ser “merecido que o PS ganhe estas eleições nos Açores, para a Assembleia da República, porque tem um património que é muito seu na Região”.
Segundo garantiu, o PS/Açores “nunca vacilou em defender os Açores e em colocar os Açores primeiro, fosse qual fosse o partido e o Primeiro-Ministro que estivesse no Governo da República”.
“O nosso objectivo principal é defender a nossa terra seja com quem for e contra quem for”, assegurou o Presidente do PS/Açores.
Questionado sobre a situação política nacional, Carlos César considerou que, para já, a “única organização que já ganhou estas eleições foi o Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Com a crise política que foi aberta, sabemos que, do próximo governo, uma organização fará parte e será o FMI. Agora, quem será que se coligará com o FMI para governar Portugal é a grande dúvida”, afirmou.
Perante isso, os portugueses devem pensar que, com o FMI, o melhor é ter alguém no governo que possa puxar mais pelos direitos sociais, possa defender mais o Estado Social e o Serviço Nacional e Regional de Saúde e o direito à Educação gratuita.
Questionado também sobre a possibilidade de uma coligação entre o PS e o PSD sem José Sócrates, o líder do PS/Açores respondeu que este cenário “é tão possível como uma coligação PS/PSD sem Pedro Passos Coelho”.
Em declarações aos jornalistas, o Presidente do PS/Açores assegurou, ainda, que tem muita solidariedade com o PS nacional, porque sabe bem como foi sempre o PS a resolver os problemas do país, enquanto os outros fugiram.
“Foi assim em 1975, quando o PS resolveu os problemas deixados pelo Partido Comunista, de novo nos anos 80, com Mário Soares, outra vez nos anos 90 e, também, em 2005, quando Santana Lopes foi demitido e sobrou um défice de 6,8 por cento que o Partido Socialista reduziu”, recordou.
“Já, em 2009, o défice subiu numa altura em que toda a gente queria investimento público para recuperar a economia e o PSD e o CDS até queriam sempre mais”, declarou.
A concluir, o líder do PS/Açores disse que, por essa razão, se o PSD e o CDS tivessem estado no governo naquela altura, o “défice e as contas públicas teriam hoje uma gravidade muito maior”.