O líder parlamentar do PS/Açores exigiu, hoje, que o PSD/Açores esclareça os agricultores açorianos sobre as notícias nacionais que dão conta da intenção de Pedro Passos Coelho de extinguir o Ministério da Agricultura, caso ganhasse as eleições de 05 de Junho.
“É importante que os agricultores ouçam da boca dos dirigentes do PSD/Açores, que nunca se pronunciaram relativamente esta matéria, qual é a ideia do PSD nacional, caso ganhasse as eleições, sobre a extinção do ministério da Agricultura”, afirmou Berto Messias.
No debate parlamentar na cidade da Horta, o deputado socialista salientou que notícias recentes, nunca desmentidas por nenhum dirigente nacional do PSD, referem que Passos Coelho prepara-se para reduzir os ministérios de 16 para 10, extinguindo o ministério da Agricultura.
“Esta notícia nunca foi desmentida. Nós todos sabemos a importância que o sector da Agricultura tem no país e, particularmente, nos Açores, onde se produz 30 por cento do leite de Portugal”, alertou Berto Messias, para quem “é certo que a orgânica de um governo exterioriza a prioridade que este governo dá a determinadas áreas da governação”.
Segundo Berto Messias, um executivo “não é melhor ou pior por ter mais ou menos ministérios. Um governo é melhor se tiver ministros competentes, que sirvam verdadeiramente as pessoas e que desenvolvam a sua acção da melhor forma ao serviço do país”.
Berto Messias solicitou, também, à bancada do PSD a prova de que Pedro Passos Coelho não pretende extinguir o Ministério da Agricultura, a qual nunca foi entregue até final do debate.
No debate sobre a crise política nacional, o líder parlamentar socialista recordou que tem dado diversas oportunidades ao líder parlamentar social-democrata para esclarecer várias afirmações que o PSD nacional tem proferido com importância para os Açores, as quais continuam sem resposta.
Berto Messias reafirmou, também, que o “PSD quer trocar Portugal pelo Poder”, como comprovam as notícias nacionais de hoje que referem que o “PSD prepara-se para assinar de cruz acordo do governo com o FMI”.
“O PSD começa a ficar profundamente enrascado pelo imbróglio em que está metido, depois de ter permitido a entrada do FMI no nosso país”, concluiu Berto Messias.