O Presidente do PS-Açores disse ser importante continuar a assegurar a convergência progressiva dos Açores com os indicadores nacionais e europeus no âmbito económico e social.
Para Carlos César é também muito importante, “nesta fase – ainda que subordinados a uma agenda central do memorando de assistência externa –, não nos desviarmos daquilo que pensamos e daquilo que ambicionamos para o nosso país.”
Sublinhando que a ambição do PS para Portugal e para os Açores não é determinada pelo fundo de encargos do FMI, disse que “nós, socialistas, temos de estar, necessariamente, para além dessa agenda de compromisso. Nós temos de estar também do lado do crescimento, da sustentabilidade e da ajuda aos que mais precisam.”
Essa agenda, prosseguiu, deveria ser complementar á da actual Governo da República, “mas, infelizmente, em vez de termos a agenda restritiva e obrigatória do FMI e, ao mesmo tempo, uma agenda de ajuda a quem precisa, temos a agenda restritiva do FMI e a agenda restritiva da nova maioria do PSD e do CDS.”
O Presidente do PS-Açores – que falava na sessão de encerramento do X Congresso da Juventude Socialista, que decorreu em Ponta Delgada – defendeu, por isso, que os socialistas açorianos devem sempre prosseguir na defesa de um ideal de progresso para os Açores e trabalho que vêm desenvolvendo de continuado apoio a quem dele precisa.
Recordou, a propósito, diversas medidas do Governo destinadas aos jovens e que visaram proporcionar-lhes meios para se valorizarem, para se integrarem no mundo do trabalho e para poderem construir, com sustentabilidade, um projecto de vida.
Referindo que são milhares os jovens que beneficiam, por exemplo, de programas ocupacionais ou de formação, aludiu aos adversários políticos do PS que falam com desprezo dessas medidas, para dizer que, com essa atitude, “estão a desprezar medidas efectivas que têm permitido a milhares e milhares de jovens entrarem no mercado de trabalho.”
A propósito de críticas da oposição, Carlos César contestou opiniões da líder do PSD vindas ontem a público, realçando que – ao contrário do que ouvira – são, sim, necessárias mais medidas de apoio a famílias e empresas, para criar emprego, para proteger as pessoas e para criar empregos.
De resto, aconselhou mesmo a não se seguir o exemplo da líder do PSD que, “quando, sem qualquer crise internacional, em 1996, foi Secretária das Finanças do governo velho, deixou a região com uma mão à frente e outra atrás.”
Outro exemplo que Carlos César disse que não deveria ser seguido é o da gestão da líder do PSD-Açores à frente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, “onde aumentou quatro ou cinco vezes a dívida, onde não paga convenientemente a fornecedores, onde não faz um único investimento reprodutivo o gerador de emprego que se veja, onde só faz festas, festinhas e desfiles, onde dá e tira nomes às ruas, onde só faz homenagens e dá diplomas e condecorações, onde, em suma, dá o pior exemplo de um governante nesta fase de crise e demonstra que, por causa do seu esbanjamento, já não serve para nada que não seja para fazer propaganda, para fazer festa, para sair nas revistas e para gastar, já sem pouca utilidade, os últimos tostões que ainda não desbaratou.”
Dizendo não valer a pena perder mais tempo com o que diz o PSD, concluiu o seu discurso reiterando que “o nosso tempo deve continuar a ser dedicado aos que dele realmente precisam e àqueles a que vale realmente dar o nosso tempo”, que são, como sublinhou, os açorianos.