O deputado do PS/Açores, José do Rego, afirmou hoje que o Plano e Orçamento para 2012 são documentos de excepção para responder a tempos excepcionais, com o objectivo de apoiar as empresas e as famílias açorianas a ultrapassem esta conjuntura difícil.
“Este é o momento de todos nós percebermos que objectivos mais altos impõem que nos congreguemos em torno de um desígnio: o de ajudar os açorianos a manterem os seus postos de trabalho, o de ajudar os açorianos a arranjarem emprego, o de ajudar os açorianos a suportar melhor os tempos austeros que se aproximam rapidamente”, afirmou o parlamentar socialista.
Numa intervenção no início do debate das propostas de Plano e Orçamento, José do Rego salientou que, perante isso, a “questão central não é se este Plano e este Orçamento deviam ter um reforço de verbas na rúbrica X ou na rúbrica Y”, já que a actual conjuntura exige que a prioridade seja a união de esforços para resolver os problemas que afligem os açorianos.
“Qualquer partido nesta casa pode discordar de algumas políticas constantes nos documentos que vamos debater, mas não pode discordar da opção social que estes documentos comportam, como não pode assumir uma postura irresponsável de propor mais do que a Região pode suportar”, alegou o deputado do PS/Açores.
Perante os deputados açorianos, José do Rego adiantou, ainda, que a austeridade imposta pelo Governo da República e a paralisia de crédito bancário estão a resultar numa contracção da actividade económica, num esperado aumento do desemprego, numa grave redução do rendimento disponível das famílias, fruto da redução drástica de salários e do aumento de impostos como se encontra espelhado no Orçamento de Estado para 2012.
Relativamente ao desemprego, José do Rego reconheceu que tem registado uma evolução nos últimos tempos, mas mesmo assim a taxa dos Açores é a segunda mais baixa taxa do país, logo a seguir à Região Centro, que registou 9,6%, tendo a Madeira, com uma população semelhante à açoriana, alcançado 14,3% e o país 12,4%.
“O Plano que agora analisamos e o Plano Regional de Emprego em vigor apontam muitas soluções para a melhoria da empregabilidade, que assentam, sobretudo, na melhoria das qualificações, pelo que não temos dúvidas de que um trabalhador bem formado, qualquer que seja a sua profissão, é um trabalhador mais protegido”, assegurou.
Adiantou, também, que as propostas do Governo Regional de Plano e Orçamento assentam no rigor na afectação dos recursos financeiros, o que constitui uma mais-valia no quadro do saneamento financeiro nacional e que é indutor de confiança junto das empresas e das famílias e permite manter projectos de investimento público importantes para o desenvolvimento regional.