O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, José San-Bento, afirmou, que “é o nosso Estatuto que nos permite soluções diferentes e melhores do que as do continente e da Madeira, no sector da saúde, por serem mais próximas dos problemas e ajustadas à nossa realidade”.
No debate sobre “A saúde e a profissão farmacêutica - desafios futuros”, promovido pela Secção Regional da Ordem dos Farmacêuticos, San-Bento salientou que “temos procurado inovar e introduzir factores de racionalização, optimização e poupança dentro das nossas competências legislativas, consagradas no Estatuto”.
“Temos uma política de acesso ao Medicamento diferente, marcada pela introdução de medicamentos genéricos, em que só no ano de 2010,os Açores pouparam três milhões de euros em medicamentos; pelo regime de dispensa de medicamentos em unidose quer nos serviços farmacêuticos das unidades de Saúde do Serviço Regional de Saúde, quer nas farmácias de oficina instaladas na Região, e pela atribuição do Complemento para a Aquisição de Medicamentos pelos Idosos - COMPAMID, que apoiou cerca de doze mil pessoas, em 2010”, destacou.
Segundo o Dirigente Socialista, “a prescrição eléctrónica, a obrigatoriedade dos Hospitais passarem a utilizar genéricos autorizados pela Infarmed, a introdução da dispensa de medicamentos em unidose e a criação de farmácias hospitalares são os principais exemplos de respostas que o Governo Regional tem procurado implementar no que diz respeito à política de medicamentos no arquipélago”.
No debate, promovido pela Ordem dos farmacêuticos, o Deputado do PS/Açores reafirmou que os Açores têm procurado concretizar os pressupostos centrais de um bom serviço público de Saúde, sujeito ao paradigma da solidariedade e caracterizado por ser universal, geral, tendencialmente gratuito e visando a excelência.
San-Bento sustentou que o Governo Socialista nos Açores tem realizado um enorme esforço financeiro neste sector, e relembrou que, em 2012, “o executivo açoriano irá afectar 26% do Orçamento da Região ao sector da Saúde, despendendo cerca de 281 milhões de euros no Serviço Regional de Saúde, dos quais 240 milhões de euros estão destinados ao funcionamento e 40 milhões de euros são para investimentos”.