O vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, José San-Bento, afirmou hoje que a dívida do Serviço Regional de Saúde resulta da modernização e melhoria da acessibilidade ao sistema e no esforço que tem sido feito para qualificar a resposta de serviço aos açorianos e que esta dívida é gerível e será ultrapassada.
“Temos procurado consolidar, modernizar e tornar financeiramente sustentável este sistema, e os grandes investimentos que este governo do PS nos Açores tem feito em prol da Saúde, nomeadamente na melhoria das unidades de saúde, na área dos cuidados intensivos, na medicina preventiva, na saúde oral e na saúde reprodutiva, espelham o sucesso dessas políticas”, defendeu José San-Bento.
Na sessão plenária a decorrer na cidade da Horta, o parlamentar socialista referiu que “o Governo Regional tem realizado um grande esforço de dotar realisticamente o orçamento do Serviço Regional de Saúde através do reforço em 74% do orçamento do Hospital de Ponta Delgada e de 36% de reforço do orçamento do Hospital da ilha Terceira, este é um compromisso que significa que o PS tem objectivos claros e instrumentos financeiros para cumprir esses objectivos”.
Segundo San-Bento, o PS continuará a defender um Serviço Regional de Saúde público, pois “não somos como o Governo da República, que defende serviços públicos para pobres, e um serviço público para pobres será um pobre serviço público, porque põe em causa os fundamentos desse serviço e para isso basta o exemplo que estamos a assistir na Governação da República”.
No debate desta terça-feira, o deputado da bancada do PS /Açores disse que o Governo da República está reduzir e a desmantelar o serviço público de saúde, e a pôr em causa a universalidade deste sector.
San-Bento criticou ainda o PSD/Açores por defender o resgate da saúde nos Açores, pela inexistência de soluções, ideias e propostas para a saúde e ao quererem fazer nos Açores aquilo que se está a fazer na Madeira, que é desistir da saúde dos Açores e entregá-la à República.
O deputado do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Ricardo Cabral afirmou que não pode haver discriminação dos doentes açorianos nos cuidados de saúde que recebem, em todas as instituições de saúde do país e defendeu que os açorianos e os habitantes que optaram por viver nos Açores têm o mesmo direito na obtenção de cuidados de saúde em todas as unidades de saúde nacionais como todos os outros portugueses.
“Os açorianos são portugueses com os mesmos direitos de todos, por isso beneficiários como todos os portugueses do Serviço Nacional de Saúde e a Região não deve ter de pagar ao Serviço Nacional os cuidados prestados nas unidades hospitalares do continente, da mesma forma que os Açores não mandam a conta dos serviços de saúde que prestam aos cidadãos oriundos do continente quando necessitam de tratamentos na Região Autónoma dos Açores”, salientou Ricardo Cabral.
Na casa mãe da autonomia, o parlamentar socialista realçou que “os açorianos apenas são transferidos para as unidades de saúde do continente quando se esgotam todas as possibilidades de tratamento na Região, e que esta é razão suficiente para serem tratados com a mesma segurança, qualidade e igualdade cm todos os portugueses de todas as localidades do país.”
Segundo o deputado Ricardo Cabral, “os utentes dos Açores devem obter os cuidados de saúde no continente, como os utentes continentais recebem os cuidados médicos na nossa Região, onde podem fazer exames de diagnóstico e todos os tratamentos disponíveis, respeitando uma igualdade de procedimento, única e exclusivamente o pagamento da taxa moderadora”.
Na sessão plenária de Julho, o deputado da bancada do PS/Açores reafirmou que “ não temos nada a pagar ao Serviço Nacional de Saúde, pois entendemos que as pessoas a residir na Região Autónoma dos Açores são beneficiárias de pleno direito do Serviço Nacional de Saúde, quando procuram tratamento nas instituições de saúde em qualquer localidade do país”.
“É essa a posição do Governo e do PS/Açores, desde sempre, bem como dos outros partidos que agora se pronunciaram, menos o PSD, que prefere sempre, para fazer oposição ao Governo Regional, defender o Governo da República colocando os Açores em segundo plano”, sustentou.