“É lamentável que o PSD esteja sempre a fazer guerrilha político-partidária e a denegrir a imagem dos Açores”, afirma Berto Messias

PS Açores - 5 de setembro, 2012
O Líder do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Berto Messias, salientou que o Relatório da Inspecção Geral de Finanças confirma a boa gestão das finanças públicas que tem sido feita nos Açores, e aquilo que o Governo e o PS sempre afirmaram. “O Relatório em discussão confirma tudo aquilo que sempre foi afirmado pelo Governo e pelo PS, relativamente à boa gestão das nossas finanças públicas e às responsabilidades financeiras futuras da Região”, defendeu Berto Messias, que reafirmou, também, que o relatório da Inspeção Geral de Finanças exclui claramente um risco financeiro ou orçamental significativo nos Açores que requeira apoios. Na última sessão plenária desta legislatura, o líder da bancada socialista assegurou que apesar da situação difícil provocada pela conjuntura externa, temos uma credibilidade inquestionável na gestão das nossas contas públicas que é, também, “comprovada pelos dados recentes da síntese orçamental de Agosto que aponta os Açores como a única região do país com um saldo orçamental positivo de 50 milhões, ao reduzir 9,1% da sua despesa pública que curiosamente aumentou quer na República, quer na Madeira”. Messias criticou a postura do PSD Açores de tentar deturpar o que consta no Relatório da Inspecção Geral de Finanças, e de denegrir a boa imagem dos Açores, numa altura em que é fundamental preservar a boa imagem externa em termos de gestão das finanças públicas. “Todas as apreciações das entidades externas confirmam o que o Governo tem afirmado – quer nos riscos quer nas responsabilidades financeiras – e contrariam o que tem afirmado o PSD, mas ainda assim o PSD moldado e inebriado pela politiquice e pela partidarite aguda insiste em não reconhecer esses factos e, sobretudo, em continuar a tentar enganar os Açorianos para daí retirar dividendos político – partidários”, frisou o Presidente da Bancada do PS/Açores. Na sua intervenção sobre a situação das contas públicas da Região, Messias assumiu que o PS está concentrado e focado em tudo fazer para vencer a crise, o desemprego e as dificuldades das pessoas, mas lamentou que nem todas as forças políticas compactuem desta posição e continuem com uma postura de guerrilha permanente, como é o caso dos sociais-democratas, que parece que “quanto pior para a Região, melhor é para o PSD”. Para Berto Messias, “o memorando de entendimento assinado com a República reforça e consolida a autonomia, pois garante que continuemos a ter capacidade de gestão dos nossos recursos e a pôr a autonomia ao serviço das pessoas”. “A nossa situação financeira e o acordo assinado permitem amenizar os impactos da austeridade externa, usando os pressupostos que o nosso regime autonómico permite”, reforçou. Para o Líder Parlamentar Socialista, “isso é que interessa, às Açorianas e aos Açorianos. Neste período pré-eleitoral, não posso deixar de referir que o nosso adversário não é o PSD, apesar do respeito democrático que merece. Os nossos adversários são a crise, as dificuldades dos açorianos e é em ultrapassá-los que estamos concentrados”. Messias negou que com o memorando de entendimento se esteja a hipotecar a autonomia e considerou que “propor um resgate da República na área da Saúde, para saldar a divida do sector à custa dos bolsos dos açorianos, como pretende o PSD/Açores, é vender a Autonomia a Lisboa”. No plenário a decorrer na cidade da Horta, Berto Messias lamentou a falta de seriedade, a postura de constante guerrilha e as contradições do maior partido da oposição que “de manhã diz que a Região está na falência, à beira do colapso, mas que à tarde promete tudo a todos sem dizer como vai pagar ou como resolverá a situação”. O líder da parlamentar do PS/Açores lamentou, ainda, que os proponentes do debate sobre a gestão das finanças regionais não queiram aceitar os esclarecimentos do Governo e do PS, e que tentem falsear factos que foram esclarecidos várias vezes, ao afirmarem que o acordo vai trazer despedimentos. “Por mais que se prove que dois mais dois são quatro, quem está a ser esclarecido, pura e simplesmente não quer saber do esclarecimento porque esse esclarecimento não lhe convém do ponto de vista político e partidário”. Messias referiu ainda a importância de, “nos tempos que correm, ter grande responsabilidade, seriedade e verdade na actividade política. Os açorianos não precisam de vendedoras de ilusões, querem verdade, em nome da dignificação e prestígio da actividade política e, sobretudo, em nome do desenvolvimento da nossa Terra”.