As medidas de austeridade anunciadas pelo Governo do PSD de Pedro Passos Coelho e de Berta Cabral são um ataque inqualificável ao rendimento dos pensionistas, dos reformados, dos jovens e das famílias, que sofrem já de enormes dificuldades na sua vida devido às políticas deste Governo.
Não é aceitável que este Governo do PSD, novamente, imponha um ataque violentíssimo sobre o rendimento dos mais desfavorecidos e da classe média, esquecendo sempre que os sacrifícios mais significativos devem ser para os mais ricos.
Aliás, como se comprova pelas mais recentes declarações do responsável do FMI em Portugal e do próprio Primeiro-Ministro, esta agenda de empobrecimento dos Portugueses não é imposta pela Troika, que até a critica. É da exclusiva responsabilidade do PSD, que, erradamente, faz disso, o seu projeto para desenvolver o país.
Esta agenda política do PSD de ataque aos portugueses deve ser frontalmente recusada!
Esta agenda política do PSD não pode ser replicada na Região!
Todos os agentes políticos nos Açores têm de ter a coragem de dizer, olhos nos olhos, frontalmente, aos Açorianos e Açorianas que não concordam com estas medidas de austeridade do PSD!
Quase todos os partidos já o fizeram, em boa verdade. Falta Berta Cabral demarcar-se claramente deste verdadeiro ataque aos portugueses e aos açorianos.
É inaceitável que a mesma pessoa que não crítica frontalmente estas medidas, venha agora, em desespero, à pressa, com dois meses de atraso face ao Partido Socialista dos Açores, propor uma redução dos custos da administração regional.
É inaceitável que a mesma pessoa que fala do problema do endividamento excessivo, enquanto teve funções executivas na CMPD, fez crescer por ano a divida, mais do que todos os presidentes que a antecederam, multiplicando-a por dez em 10 anos.
É inaceitável que a mesma pessoa que fala dos gastos excessivos em viagens dos políticos, seja a mesma que enquanto presidente do município de PDL, realizou viagens oficiais, imagine-se, para a Coreia do Sul para fazer sabe-se lá o quê e para o Brasil, para comprar um projecto de arquitectura para um museu megalómano, que nunca saiu do papel.
É inaceitável que a mesma pessoa que critica as remunerações dos políticos e dos administradores públicos, enquanto a lei o permitiu, acumulou com o seu vencimento de presidente de camara, mais de 10 000 euros num ano, em senhas de presença, como administradora da empresa municipal Azores Park.
É inaceitável que a mesma pessoa que afirmou em campanha eleitoral que o corte no 13º mês era um “disparate”, que o “aumento do IVA não tinha fundamento” e que não seria “necessário despedir pessoas ou cortar mais salários” para sanear o País, com o resultado que todos conhecemos, seja a mesma pessoa que agora, vem prometer mundos e fundos para compensar os Açorianos das medidas de austeridade do seu próprio partido.
Em Democracia o cumprimento da palavra dada ou da promessa feita são essenciais para aferir da credibilidade de um projeto político.
Este PSD de Pedro Passos Coelho e de Berta Cabral já há muito que, demonstrou que o que defende é diferente daquilo que na verdade pratica.
O comportamento do PSD faz lembrar um velho ditado popular: Bem prega frei Tomás; façam o que ele diz, mas não o que ele faz.
Em suma, esta proposta não é séria, vinda de um partido que perante o roubo de 75 Milhões de ao povo açoriano, não só não reclama contra, como até considera a medida inevitável.
Os Açorianos e as açorianas sabem que podem contar com o projeto do Partido Socialista para os ajudar a ultrapassar estes tempos difíceis.