Os deputados do PS/Açores na Assembleia da República voltaram a questionar o Governo da República, através de pergunta escrita, acerca do Serviço de Finanças da Calheta.
No documento, Ricardo Rodrigues e Carlos Enes, lembram que “em resposta à pergunta formulada sobre o encerramento do Serviço de Finanças da Calheta, o Senhor Ministro de Estado e das Finanças referiu aos deputados do Partido Socialista eleitos pelos Açores, que o encerramento se deveu à aposentação do Chefe do Serviço, ficando aquela secção sem qualquer técnico tributário”, mais esclarecendo o senhor Ministro “que os serviços passavam a ser prestados pela Secção de Finanças de Velas”.
Os deputados do Partido Socialista eleitos pelos Açores para a Assembleia da República têm contestado publicamente a injustiça da decisão do Governo da República, na medida em que “os Calhetenses precisam e têm direito a um serviço de finanças de proximidade”.
Lembram ainda os deputados socialistas que “de forma inusitada, o líder regional dos Açores do CDS, Dr. Artur Lima, anunciou que o Serviço de Finanças da Calheta estaria em funcionamento antes do final de Setembro”, tendo ainda adiantado que “um grupo técnico iria analisar a questão nas próximas semanas”, não especificando no entanto “que autoridades nacionais lhe haviam garantido a abertura daquele serviço na Calheta, nem que horário de funcionamento iria ser posto em prática”.
Perante estas informações, “os deputados do Partido Socialista aguardaram para confirmar se o anúncio correspondia à verdade ou se enquadrava apenas numa mera artimanha eleiçoeira”, chegando no entanto à conclusão de que “infelizmente, a atitude do governo não passou de uma manobra de diversão”.
Para Ricardo Rodrigues e Carlos Enes, a população da Calheta “não merece este tratamento de desrespeito, abrindo o serviço um dia por semana onde se tratam apenas alguns assuntos, estando por exemplo vedado aos Calhetenses efetuar pagamentos”.
Na verdade, dizem, “da arrogância de fechar um serviço do Estado da maior importância sem avisar as autoridades locais, o ministério das Finanças passa para o ridículo de ter um serviço do Estado que abre só um dia por semana, caso único em serviço de finanças em Portugal” contradizendo ainda “a anterior resposta onde senhor Ministro afirmava que o encerramento do Serviço de Finanças da Calheta não estava previsto
Perante os factos, os deputados do PS/Açores na Assembleia da República questionam o Governo da República sobre se “foi esta a garantia de abertura do Serviço de Finanças da Calheta dada ao Dr. Artur Lima” pelo Ministério das Finanças e “para quando prevê o Ministério retomar o pleno funcionamento da secção de Finanças da Calheta como merecem os Calhetenses”