A deputada do Partido Socialista, Renata Correia Botelho, defendeu esta quarta-feira, na Assembleia Legislativa Regional, que “nunca a Cultura terá assumido um papel tão estratégico, tão fundamental, como no duríssimo contexto político, social e económico que atravessamos”.
Numa intervenção, a propósito do debate do Programa do XI Governo Regional, a deputada socialista enfatizou a necessidade de “assumir a Cultura como propulsora do desenvolvimento sustentável” e como um “contributo decisivo para uma sociedade mais justa e inclusiva”. Lembrando que “a Cultura é feita por todos e para todos” e que “não é propriedade de elites intelectuais nem dispõe de destinatários estanques”, Renata Correia Botelho considerou que as especificidades das nossas ilhas e sua dispersão geográfica “concorrem, acima de tudo, para revestir o nosso tecido cultural de uma notável e singular riqueza”.
A deputada socialista reforçou a necessidade do Executivo regional continuar a implementação, ao nível do Património, de políticas de conhecimento, preservação e divulgação do nosso saber cultural e da nossa história, quer através da recuperação de móveis e imóveis com valor patrimonial significativo, quer pela revisão e atualização da legislação em vigor, quer ainda pela disponibilização online dos principais conteúdos culturais das nossas ilhas”.
O surgimento e a consolidação das chamadas “indústrias culturais” e das “indústrias criativas” constituem parte da resposta estratégica que o Governo Regional pretende dar aos enormes desafios que o presente nos coloca. A este propósito, a deputada elogiou a intenção vertida no Programa de Governo de reforçar a Cultura “enquanto vetor de desenvolvimento de produtos e serviços inovadores e competitivos, que convirjam para o aumento das taxas de empregabilidade e para a melhoria económica”.
A deputada socialista reiterou ainda que a Cultura “é uma sábia arma ao serviço dos povos, uma arma de combate à fúria da tecnocracia, à ditadura asfixiante do lucro e do capital”.