O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, José San-Bento, afirmou, esta quarta-feira, na Assembleia Legislativa dos Açores, que todas as forças políticas estão confrontadas com o desafio de contribuir com propostas para reformar o Serviço Regional de Saúde. De acordo com José San-Bento, “não há Estado democrático sem Estado Social. Por isso, o PS/A está sempre na primeira linha da defesa do Serviço Regional de Saúde.”
O Vice-Presidente da bancada socialista, que intervinha a propósito do debate relativo ao Serviço Regional de Saúde, reiterou o apelo para que os partidos da oposição contribuam para a reforma da Saúde nos Açores. “Apelamos a que se juntem ao PS para trabalharmos em prol da sustentabilidade a longo prazo de um Serviço Regional de Saúde moderno, universal, tendencialmente gratuito e de excelência”, afirmou. Para José San-Bento “mais importante do que debater permanentemente dados que são públicos e que constam dos Relatórios da Inspeção Geral de Finanças, importa debater o futuro. Por isso, esperamos que todos queiram colaborar. Mas, se for necessário, o PS avançará sozinho em nome dos interesses da Região e dos açorianos”. José San-Bento lembrou ainda que, ao longo dos anos, o governo tem vindo a implementar poupanças de milhões de euros através do recurso à otimização dos serviços. Além disso, “o governo tem vindo a reforçar significativamente o Orçamento do Serviço Regional de Saúde”. O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar socialista criticou ainda a oposição “por teimar em ignorar os efeitos da crise financeira internacional e a consequente pressão orçamental que introduziu nas contas públicas”.
San-Bento declarou ainda que a bancada socialista “regista com agrado a atitude de colaboração do PSD/A que, em contraste com o passado recente, manifesta uma postura mais moderada e construtiva. No entanto, para o vice-presidente do grupo parlamentar, a reforma do Serviço Regional de Saúde “constitui um desafio à liderança de Duarte Freitas. Esperamos que o PSD passe das palavras aos atos. Duarte Freitas tem aqui a oportunidade de demonstrar se o PSD continua a ser aquele partido antigo e negativo ou se há um novo PSD que consegue pôr os interesses da Região acima das questões partidárias”, afirmou.
O progresso do Serviço Regional de Saúde foi realçado, no debate, pelo deputado socialista Ricardo Cabral. “A modernidade e o progresso da Saúde dos Açores constatam-se através da evolução muito significativa dos indicadores de saúde e dos consideráveis ganhos em saúde obtidos nos últimos anos da governação socialista, resultando num aumento substancial da qualidade de vida de todos açorianos e açorianas”.
Para Ricardo Cabral, “a dívida da Saúde é um problema real. É, assim, nos Açores, na Madeira, no país, na Europa e nos Estados Unidos e em todo o mundo civilizado”. O deputado socialista defendeu que “não há outra forma senão racionalizar, cortar no indispensável para investir no essencial”.
Já o deputado Domingos Cunha lembrou os avanços alcançados nos últimos anos na qualidade do Serviço Regional de Saúde. Um investimento que foi feito a favor dos açorianos.
Para Domingos Cunha, “o governo tem toda a legitimidade política para implementar uma reforma do Serviço Regional de Saúde. Uma necessidade aliás que, não é exclusiva dos Açores, mas que decorre do tempo em que vivemos e dos desafios demográficos sentidos em quase todas as sociedades modernas”.